O Brasil gera 81 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos anualmente, com apenas 4,5% reciclados. A economia circular pode criar 244 mil empregos até 2040 e impactar R$ 10 bilhões na economia.

O Brasil gera anualmente cerca de 81 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, o que representa uma média de 1,1 kg de lixo por habitante por dia, conforme dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). No entanto, apenas 4,5% desse total é reciclado, enquanto 33,6% possui potencial para reciclagem. Essa situação resulta em um desperdício econômico de aproximadamente R$ 14 bilhões por ano e apresenta um desafio ambiental e social significativo.
A proposta de implementar a economia circular no Brasil pode transformar essa realidade, criando até 244 mil novos empregos até 2040 e gerando um impacto econômico de R$ 10 bilhões anuais. Essa abordagem visa reintegrar os resíduos à cadeia produtiva como matérias-primas, reduzindo a extração de recursos naturais e a geração de novos resíduos, promovendo uma mudança necessária no modelo de desenvolvimento do país.
O conceito de economia circular também busca valorizar os catadores e trabalhadores da reciclagem, que somam mais de 386 mil pessoas no Brasil. Esses profissionais, muitas vezes invisíveis, desempenham um papel crucial na sustentabilidade e na geração de renda para suas famílias. Exemplos de países como a Alemanha, que recicla 67% de seus resíduos, e vizinhos latino-americanos, como Chile e Argentina, com taxas acima de 16%, demonstram que é possível avançar além dos modestos 4,5% do Brasil.
Além disso, o Brasil ocupa a oitava posição entre os maiores poluidores plásticos do mundo, descartando cerca de 1,3 milhão de toneladas de plástico nos oceanos anualmente. Essa poluição é considerada pela ONU como a segunda maior ameaça ambiental do planeta. A substituição de plásticos descartáveis por alternativas sustentáveis pode evitar a geração de 3,2 milhões de toneladas de resíduos plásticos entre 2025 e 2040, além de reduzir a emissão de 18 milhões de toneladas de CO₂.
Embora tenha havido avanços, como o aumento de 46% na reciclagem de plásticos desde 2018, a infraestrutura para coleta seletiva ainda é limitada, abrangendo apenas 32% a 38% dos municípios brasileiros. A coleta domiciliar regular atinge 93,4% da população, mas a baixa adesão à separação na fonte compromete a eficiência do sistema. Portanto, a conscientização da população é fundamental para a transformação desse cenário.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece a meta de reciclar 20% dos resíduos até o final de 2025, mas essa meta ainda parece distante. Para alcançá-la, é necessário fortalecer a responsabilidade compartilhada entre governos, empresas e cidadãos. A união de esforços pode não apenas reduzir os impactos ambientais, mas também criar uma economia mais justa e inclusiva. Projetos que visem a transformação de resíduos em riqueza devem ser apoiados pela sociedade civil, promovendo um desenvolvimento econômico sustentável e resiliente.

Perdas de energia elétrica na América Latina atingem 17% ao ano, segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), impactando emissões de CO2 e exigindo investimentos urgentes em infraestrutura.

Estudo do Instituto Potsdam revela que o planeta já ultrapassou sete dos nove limites ambientais seguros, destacando crises como desmatamento e poluição química. A situação exige ações urgentes para evitar catástrofes.

Desde o final de junho, 111 pinguins-de-magalhães foram avistados nas praias de São Paulo, com 47 juvenis encalhados em Ubatuba, enfrentando desafios naturais e humanos. O Instituto Gremar monitora a situação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou Donald Trump para a COP30 em Belém, destacando a urgência das ações climáticas e a responsabilidade dos líderes globais. O evento, marcado para novembro, será um espaço para discutir a dívida dos países ricos em relação às mudanças climáticas e a necessidade de preservar a Amazônia.

Estudo do Boston Consulting Group aponta que o Brasil pode se tornar líder global em metais de baixo carbono, atraindo até US$ 3 trilhões em investimentos até 2050 e reduzindo emissões na indústria.

Estudo revela que a vegetação nativa da Ilha de Trindade se recuperou em 1.468% após a remoção das cabras, espécie invasora que devastou a flora local desde o século XVIII. Pesquisadores do Museu Nacional/UFRJ destacam a importância de combater a degradação ambiental.