Na Cúpula do Brics, foi anunciada uma declaração conjunta visando mobilizar US$ 1,3 trilhão para financiamento climático, além de metas para emissões líquidas zero e uma parceria para eliminar Doenças Socialmente Determinadas. Os líderes enfatizam a necessidade de reformar o sistema financeiro internacional e condenam medidas protecionistas que afetam países em desenvolvimento.

Na Cúpula do Brics, realizada nos dias seis e sete de julho no Rio de Janeiro, foi divulgada uma declaração conjunta com o objetivo de mobilizar US$ 1,3 trilhão em financiamento climático. O Brasil, que atualmente preside o bloco, enfatizou a necessidade de apoiar os países em desenvolvimento na luta contra a crise climática e na adaptação a seus efeitos. Este documento também celebra os dez anos do Acordo de Paris e prepara o caminho para as negociações da COP30, que ocorrerá em Belém do Pará em novembro.
Os líderes do Brics reafirmaram o compromisso de cumprir a meta de mobilizar US$ 100 bilhões anuais até 2025 e US$ 300 bilhões por ano até 2035, conforme acordado na COP29 em Baku. A declaração destaca a necessidade de reformar o sistema monetário e financeiro internacional, que atualmente não atende às demandas dos países mais vulneráveis, que enfrentam barreiras para acessar investimentos.
O texto menciona a intenção de utilizar a força econômica e a capacidade de inovação dos países membros para demonstrar que ações climáticas ambiciosas podem promover prosperidade. Entre as propostas estão mecanismos inovadores como finanças mistas, garantias, títulos temáticos e mercados de carbono. O Brasil também apresentou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) como uma ferramenta promissora para a conservação florestal.
Além disso, o Brics expressou preocupação com as lacunas nas ações de mitigação das nações mais ricas, pedindo por emissões líquidas zero antes de 2050, preferencialmente até 2030. O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), criado pelo Brics, se comprometeu a destinar 40% de seu financiamento a projetos verdes até 2026 e a emitir títulos sustentáveis em várias moedas.
O bloco também condenou medidas protecionistas unilaterais que possam prejudicar a capacidade dos países em desenvolvimento de investir em suas transições justas. Em uma declaração paralela, foi anunciada a criação de uma parceria para eliminar Doenças Socialmente Determinadas (DSDs), que estão ligadas a determinantes sociais da saúde e refletem desigualdades. A iniciativa visa fortalecer sistemas de saúde e garantir acesso a vacinas e tratamentos para populações vulneráveis.
Essas ações destacam a importância de unir esforços para enfrentar desafios globais, como as mudanças climáticas e as desigualdades sociais. A mobilização de recursos financeiros e a criação de parcerias são essenciais para garantir um futuro mais justo e sustentável. A sociedade civil pode desempenhar um papel fundamental nesse processo, apoiando iniciativas que promovam a saúde e o meio ambiente, contribuindo para um mundo melhor para todos.

A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou a reurbanização da Orla Burle Marx, transformando uma área subutilizada em um novo espaço verde até junho de 2026. O projeto, orçado em R$ 10,4 milhões, visa revitalizar 20 mil metros quadrados nas proximidades do Museu de Arte Moderna (MAM) e inclui melhorias no acesso a equipamentos culturais.

André Corrêa do Lago, presidente da COP30, destaca a urgência de união global contra mudanças climáticas, alertando para desafios nas metas climáticas e financiamento. A conferência em Belém reunirá mais de 190 países.

Em 2024, 44% das instituições financeiras no Brasil relataram impactos diretos do clima, um aumento alarmante em relação aos anos anteriores, refletindo um "novo normal" de riscos climáticos. Eventos como enchentes e secas intensificaram a preocupação com a inadimplência no agronegócio, setor altamente exposto. A Confederação Nacional das Seguradoras estima indenizações anuais entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões em seguros rurais, evidenciando a crescente frequência de desastres naturais.

Pesquisas recentes revelam que a Amazônia era mais úmida durante períodos glaciais, desafiando a visão tradicional e alinhando-se a modelos climáticos futuros. O estudo, realizado por universidades brasileiras e da Duke University, analisa sedimentos marinhos e revela uma relação entre temperatura global e a dinâmica climática da região.

A Fundação Grupo Boticário lançou a campanha "ON pela Natureza", interrompendo a programação do Canal OFF para promover a conscientização ambiental e plantou 1.440 árvores. A ação gerou grande engajamento nas redes sociais.

Sebastian Vettel, tetracampeão da Fórmula 1, se compromete a ajudar a categoria a se tornar mais sustentável, mas não retornará às pistas. Ele destaca a importância de ações climáticas e sociais. Durante a Rio Innovation Week, Vettel expressou seu desejo de contribuir para um futuro mais verde na Fórmula 1, enfatizando a necessidade de acelerar mudanças. Ele lamentou não ter se posicionado antes sobre questões ambientais e elogiou a nova geração de pilotos, como Gabriel Bortoleto.