A CBA e a Rumo firmaram um acordo que reduz em 40% as emissões de carbono no transporte de bauxita pela Ferrovia Norte-Sul, otimizando a logística entre Goiás e São Paulo. A nova rota, com trens de 80 vagões, é um marco na descarbonização do transporte ferroviário.
Um acordo recente entre a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e a Rumo, operadora de cargas ferroviárias, resultou em uma significativa redução de 40% nas emissões de carbono no transporte de bauxita. Essa mudança ocorre na Ferrovia Norte-Sul, que conecta Goiás a São Paulo, e foi possível pela substituição de parte do transporte rodoviário pela ferrovia, utilizando novos vagões e melhorias na infraestrutura.
A nova operação logística transporta a bauxita extraída em Barro Alto (GO) para Alumínio, em São Paulo, onde o minério é beneficiado. A rota foi otimizada, reduzindo a distância de 250 quilômetros, que antes era percorrida por caminhões até Brasília, para apenas 82 quilômetros até Santa Isabel (GO), onde a carga é embarcada em trens de 80 vagões especiais.
A conclusão da Ferrovia Norte-Sul em 2023, agora sob administração da Rumo, foi um marco importante para o transporte ferroviário no Brasil. O projeto, que começou na década de 1980, é considerado essencial para a logística nacional, ligando quatro das cinco regiões do país e facilitando o acesso a portos estratégicos como Itaqui (MA) e Santos (SP).
Igor Figueiredo, coordenador de receitas alternativas da Rumo, destacou que a redução das emissões não se limita à troca de caminhões por trens, mas também envolve a implementação de tecnologias que diminuem o consumo de óleo diesel. A Rumo desenvolveu 250 vagões maiores, com capacidade para até 12 mil toneladas por viagem, e adquiriu nove novas locomotivas, além de realizar melhorias nos trilhos.
Enquanto a CBA investiu em um terminal multimodal em Santa Isabel para armazenagem e transbordo do minério, a Rumo também fez investimentos significativos em infraestrutura, totalizando R$ 4 bilhões. Apesar da recente conclusão da ferrovia, a Rumo enfrenta desafios, como invasões e interferências ao longo dos 2.250 quilômetros de extensão da Norte-Sul, que podem comprometer a segurança e a eficiência do transporte.
Essa parceria entre a CBA e a Rumo não apenas promove a sustentabilidade, mas também representa um avanço na logística do transporte de bauxita no Brasil. A união de esforços para melhorar a infraestrutura e reduzir as emissões é um exemplo de como a sociedade pode se mobilizar em torno de causas ambientais e sociais. Projetos como esse devem ser estimulados pela sociedade civil, mostrando que a colaboração pode gerar impactos positivos significativos.
Uma investigação da Reuters revelou que 24 dos 36 projetos de carbono na Amazônia estão associados a beneficiários com infrações ambientais, incluindo um esquema de legalização de madeira ilegal. Os projetos, validados por Verra e Cercarbono, expõem falhas no controle de qualidade do mercado voluntário de carbono, com penalidades que superam R$ 125 milhões. O caso de Ricardo Stoppe Junior, preso por liderar um esquema de lavagem de madeira, destaca a gravidade da situação.
Ricardo Lewandowski apresentou um projeto de lei à Casa Civil que define o crime de ecocídio, prevendo penas de 10 a 40 anos de prisão e sanções administrativas para infratores. A proposta visa proteger o meio ambiente e responsabilizar pessoas jurídicas.
Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará descobriram crostas biológicas formadas por bactérias que podem ser a chave para recuperar áreas degradadas da caatinga, bioma ameaçado pela desertificação. Essa descoberta gerou a Caatinga Microbiome Initiative, uma rede colaborativa que busca entender e preservar esse ecossistema único.
A Justiça Federal anulou contratos de exploração de madeira no PAE Maracá, em Mazagão (AP), devido a irregularidades e falta de anuência do Incra, enquanto a empresa TW Forest recorre da decisão. A medida visa proteger a área e os direitos dos assentados.
A barragem Engenheiro Ávidos, em Cajazeiras (PB), foi inaugurada com investimento de R$ 34 milhões, beneficiando mais de 83 mil pessoas e promovendo segurança hídrica na região. A obra, parte do Projeto de Integração do São Francisco, traz esperança para a agricultura e a pesca local.
Temperaturas globais atingem recordes históricos em março de 2023, com Europa enfrentando anomalias de 1,6 °C. Cientistas alertam para eventos climáticos extremos em decorrência do aquecimento.