A COP-30, que ocorrerá em Belém, destaca a aquicultura como alternativa sustentável para a Amazônia, visando recuperar áreas degradadas e reduzir emissões de carbono. Pesquisadores de diversas instituições, incluindo a Cornell University, enfatizam a necessidade de políticas públicas para regulamentar a prática e proteger a biodiversidade local.
Em novembro de 2025, a Amazônia será palco da Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, a COP-30, que ocorrerá em Belém. O evento reunirá autoridades, ativistas e cientistas de quase duzentos países, destacando a importância da floresta amazônica no debate global sobre mudanças climáticas. Pesquisadores brasileiros já apresentam estudos que exploram a aquicultura como uma alternativa sustentável para a produção de alimentos, visando a recuperação de áreas degradadas e a redução das emissões de carbono.
Um estudo recente, publicado na revista Nature Sustainability, envolve a colaboração de 29 pesquisadores de 12 instituições, incluindo universidades brasileiras e internacionais. O foco da pesquisa é o potencial da aquicultura para fornecer proteínas de forma mais sustentável do que a pecuária, que é uma das principais causas do desmatamento na Amazônia. O pesquisador Felipe S. Pacheco, da Cornell University, destaca que a aquicultura pode ajudar a mitigar os efeitos do aquecimento global e promover a preservação da floresta.
A aquicultura já superou a pesca extrativa como a principal fonte de alimentos aquáticos no mundo. Na Amazônia, onde a desnutrição e o subdesenvolvimento são problemas persistentes, a expansão desse setor pode oferecer oportunidades econômicas. Os autores do estudo ressaltam que a pecuária é responsável por altas emissões de carbono e desmatamento em larga escala, enquanto a aquicultura apresenta emissões significativamente menores.
O crescimento da aquicultura na Amazônia é visível em estados como Roraima e Tocantins, onde a produção de gado tem diminuído. Wagner C. Valenti, professor da Unesp, defende a utilização de pastagens degradadas para a criação de peixes, afirmando que essa prática pode gerar a mesma quantidade de proteína animal que a pecuária, utilizando apenas uma fração da área. Essa abordagem poderia permitir a regeneração de vastas áreas da floresta amazônica.
Entretanto, a expansão da aquicultura também traz riscos, como a fragmentação dos rios e a introdução de espécies exóticas, que podem ameaçar a biodiversidade local. O estudo alerta para a necessidade de marcos regulatórios robustos que incentivem práticas sustentáveis e protejam os ecossistemas aquáticos. A regulamentação deve incluir a proibição de espécies invasoras e a definição de áreas apropriadas para a aquicultura.
Os pesquisadores enfatizam que a aquicultura pode ser uma solução viável para a produção de alimentos na Amazônia, mas requer políticas públicas que apoiem essa transição. Incentivos para produtores que migrem da pecuária para a aquicultura podem ser fundamentais. A união da sociedade civil pode ser crucial para promover iniciativas que visem a recuperação ambiental e a segurança alimentar na região, beneficiando tanto a população local quanto o meio ambiente.
Ministério da Integração reconhece emergência em Açailândia e Barra do Corda, permitindo acesso a recursos para defesa civil. Maranhão acumula 33 reconhecimentos por desastres naturais.
Entre 2020 e 2023, o Brasil enfrentou 1.885 desastres climáticos relacionados a chuvas, afetando 80% dos municípios e resultando em danos econômicos de R$ 10,76 bilhões anuais. O estudo da Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica destaca o aumento alarmante de mortes e prejuízos, evidenciando a urgência de ações contra o aquecimento global.
Mudanças climáticas no Brasil em 2024 intensificaram secas na Amazônia e enchentes no Sul, resultando em prejuízos de R$ 620 milhões e aumento nos preços de produtos como café e castanha. Comunidades vulneráveis enfrentam crises severas.
Em 2024, o aproveitamento de resíduos recicláveis no Distrito Federal alcançou 55%, com o aumento de cooperativas de 20 para 31, refletindo um avanço significativo na coleta seletiva e inclusão social.
Especialistas alertam que a imagem negativa dos tubarões é fruto de desinformação, enquanto a conservação dessas espécies ameaçadas deve ser a verdadeira preocupação. O explorador Bertie Gregory e a cientista Melissa Cristina Márquez destacam que tubarões não têm interesse em humanos como alimento, preferindo presas ricas em gordura. A ecologista Lacey Williams enfatiza a importância de manter contato visual e evitar toques, enquanto a crescente popularidade de interações com tubarões nas redes sociais pode encorajar comportamentos arriscados. A proteção dos tubarões é crucial para a saúde dos ecossistemas marinhos.
A COP30, que ocorrerá no Brasil, destaca a urgência de mitigar emissões de metano para evitar um aquecimento global significativo até 2050, afetando a Amazônia e o Ártico. Ação imediata é crucial.