Relatório do Unicef revela que 2 milhões de jovens brasileiros estão em empregos verdes, representando 30% da força de trabalho nesse setor, mas destaca desigualdades no acesso à capacitação. A pesquisa aponta que, apesar do avanço, a formação técnica é desigual, com cursos concentrados em grandes cidades, dificultando o acesso de jovens em áreas periféricas.
O Brasil está avançando na transição para uma economia de baixo carbono, conforme revela um novo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O estudo, intitulado “Habilidades e empregos verdes para adolescentes e jovens no Brasil”, aponta que cerca de dois milhões de jovens, com idades entre 14 e 29 anos, já estão empregados em funções verdes, o que representa trinta por cento da força de trabalho nesse setor. A pesquisa foi realizada em parceria com a Plan Eval e destaca a importância da capacitação para esses jovens.
O relatório indica que existem aproximadamente seis milhões e oitocentos mil empregos verdes no Brasil, correspondendo a quase nove por cento dos vínculos empregatícios formais. As ocupações incluem áreas como reciclagem, energias renováveis, agroecologia, saneamento e gestão de resíduos. Mônica Pinto, chefe de Educação do Unicef no Brasil, enfatiza a necessidade de educar os jovens para uma vida sustentável, promovendo sua participação na economia verde.
Apesar do crescimento no número de empregos verdes, a pesquisa revela desigualdades significativas no acesso à capacitação técnica. Os cursos voltados para o setor sustentável estão majoritariamente localizados em grandes centros urbanos, dificultando o acesso de jovens de áreas periféricas ou do interior. Além disso, a pesquisa mostra uma disparidade de gênero, com apenas trinta e nove vírgula cinco por cento das vagas ocupadas por mulheres.
O estudo também destaca outros desafios enfrentados pela juventude, como a falta de cursos acessíveis, dificuldades de mobilidade, exclusão digital e discriminação racial. Pinto ressalta que muitos jovens desejam acessar empregos sustentáveis, mas enfrentam barreiras significativas para se capacitar e se candidatar a essas oportunidades. A situação é ainda mais crítica para aqueles que vivem em cidades pequenas ou em situação de vulnerabilidade.
O relatório do Unicef argumenta que a inclusão dos jovens no setor verde é uma questão de justiça intergeracional, uma vez que eles são os mais afetados pelas mudanças climáticas. Danilo Moura, especialista em Clima e Meio Ambiente no Unicef, afirma que é fundamental que as soluções para a crise climática beneficiem as novas gerações, que são as mais impactadas por essas questões.
Para enfrentar esses desafios, o Unicef sugere uma série de recomendações para governos e empresas. Cidades como Cuiabá, Florianópolis e Rio Branco se destacam por terem um percentual elevado de empregos verdes em relação ao total de vínculos empregatícios. A mobilização da sociedade civil é essencial para garantir que todos os jovens tenham acesso a oportunidades no setor sustentável, promovendo um futuro mais justo e sustentável para todos.
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