Em 2024, o Brasil enfrenta um alarmante índice de 29% de analfabetismo funcional, afetando até 12% dos graduados. A evasão escolar e a falta de vagas na Educação de Jovens e Adultos agravam a crise educacional.
Em 2024, o Brasil enfrenta um alarmante índice de analfabetismo funcional de 29%, com 12% dos graduados no ensino superior nessa condição. Este cenário é um reflexo da ineficiência histórica nas políticas educacionais, que afetam diretamente a qualidade de vida e o desenvolvimento do país. O Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), calculado pela ONG Ação Educativa, mostra que a situação se deteriorou após uma leve melhora no início do século, quando o índice era de 39% em 2001.
O Inaf revela que sete por cento da população entre 15 e 64 anos é considerada analfabeta absoluta, enquanto 22% são analfabetos rudimentares, ou seja, conseguem ler e escrever, mas não compreendem textos longos nem realizam cálculos mais complexos. A faixa etária mais afetada é a de 40 a 65 anos, mas a taxa de 17% entre os jovens de 15 a 29 anos e adultos de 30 a 39 anos é igualmente preocupante.
Entre aqueles que completaram o ensino fundamental, 43% são analfabetos funcionais, e essa porcentagem cai para 17% entre os que terminaram o ensino médio. É alarmante que até 12% dos diplomados no ensino superior estejam nessa condição. Apesar da expansão do acesso à educação, as escolas não têm conseguido promover a aprendizagem efetiva, resultando em níveis precários em avaliações nacionais e internacionais.
A evasão escolar é um dos resultados diretos dessa crise educacional. Um em cada cinco municípios brasileiros não oferece vagas em Educação de Jovens e Adultos (EJA), e em 2024, o país registrou o menor número de matrículas nesse programa desde 1996, com apenas 2,4 milhões de alunos. É fundamental eliminar os gargalos no EJA e expandir a oferta de ensino integral, que pode aumentar a carga horária em disciplinas essenciais e permitir que os alunos escolham áreas de conhecimento de acordo com suas aptidões.
As políticas educacionais precisam ser contínuas e independentes de ideologias para que o Brasil possa superar a estagnação da produtividade, que cresceu apenas 0,3% entre 2010 e 2023, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O envelhecimento acelerado da população torna a situação ainda mais crítica, e é um dever civilizatório retirar quase um terço da população da escuridão educacional.
Nessa situação, a união da sociedade civil pode fazer a diferença. Projetos que visem a melhoria da educação e a inclusão de jovens e adultos no sistema de ensino são essenciais para transformar essa realidade. O apoio a iniciativas que busquem ampliar o acesso à educação pode impactar positivamente a vida de milhares de brasileiros, contribuindo para um futuro mais justo e igualitário.
Em 2024, o Brasil registrou 1.092 cidades sem oferta de Educação de Jovens e Adultos (EJA), apesar da obrigatoriedade legal. O governo lançou o Pacto EJA para criar 3,3 milhões de matrículas e equiparar o financiamento com o ensino regular.
Senac e MDIC lançam cursos gratuitos em comércio exterior e turismo, priorizando inclusão de pessoas negras. O Senac, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o programa Raízes Comex, abre inscrições para a segunda edição de cursos gratuitos nas áreas de comércio exterior e turismo, com um total de 1.840 vagas. A iniciativa visa promover a inclusão de pessoas negras no mercado de trabalho, oferecendo oportunidades de qualificação profissional. Os cursos disponíveis incluem Assistente de Serviços de Comércio Exterior e Técnico em Comércio Exterior, com inscrições até 5 de maio de 2025 em algumas localidades. No setor de turismo, as inscrições vão até 25 de abril de 2025, abrangendo diversas regiões do Brasil.
O Educavest, cursinho gratuito da Rede Municipal de Educação de São Paulo, abre vagas remanescentes para alunos do 8º e 9º anos em 18 polos. Inscrições são presenciais nos CEUs, com documentos necessários.
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) abriu inscrições para o curso online gratuito "EnvelheCiência", com foco em envelhecimento e demências, destinado a educadores. O curso, com carga horária de 35 horas, visa capacitar docentes a integrar o envelhecimento populacional em suas práticas pedagógicas, promovendo saúde cerebral e bem-estar. Os participantes podem obter certificação ao final, e educadores da rede estadual de São Paulo têm requisitos específicos para homologação. A iniciativa é coordenada por pesquisadores do Laboratório de Biologia do Envelhecimento (LABEN) e busca fomentar uma abordagem inclusiva sobre o envelhecimento.
Cerca de 16% da população brasileira vive em ruas sem calçadas, segundo o IBGE. Apesar do avanço na presença de calçadas desde 2010, apenas 15% têm acessibilidade para cadeirantes, evidenciando a necessidade de melhorias na infraestrutura urbana.
A Universidade Presbiteriana Mackenzie lança cursos gratuitos, presenciais e online, visando inclusão educacional e desenvolvimento profissional. Inscrições abertas para todos os interessados.