Uma nova geração de produtores baianos investe na produção de cacau fino e chocolates artesanais, buscando qualidade e rastreabilidade, enquanto integra turismo e educação ao processo. A Bahia, que já foi líder na produção de cacau, agora se reinventa após a praga vassoura-de-bruxa, com iniciativas que valorizam a agricultura familiar e a identidade local.
Na Bahia, uma nova geração de produtores de cacau está se destacando ao focar na produção de cacau fino e chocolates artesanais. Essa mudança ocorre em um contexto onde a região, historicamente uma das maiores produtoras de cacau, enfrenta desafios devido à praga vassoura-de-bruxa, que afetou severamente a qualidade e a produtividade das lavouras. Atualmente, o estado ocupa a sexta posição na produção mundial de cacau, enquanto Costa do Marfim e Gana lideram o mercado global.
Os novos empreendedores buscam atender a um consumidor que valoriza a qualidade e a rastreabilidade do chocolate. A produção local de cacau fino, que inclui processos como fermentação controlada e identidade própria, está ganhando espaço em relação à venda tradicional para multinacionais. O aumento dos preços do cacau nos últimos anos, que subiu de cerca de US$ 2.300 por tonelada em 2022 para até US$ 12.600 em dezembro de 2024, também impulsionou essa mudança de foco.
Durante o Chocolat Festival em Ilhéus, os visitantes puderam experimentar uma variedade de produtos feitos com cacau baiano, incluindo geleias e cervejas. O secretário de Turismo de Ilhéus, Maurício Galvão, destacou que 70% da produção na região é realizada por agricultores familiares, enfatizando a importância de integrar turismo e educação ao setor. Essa abordagem permite que os turistas aprendam sobre o cultivo do cacau e a produção de chocolate.
Marcela Tavares Monteiro, da marca Cacau do Céu, é um exemplo de sucesso nesse novo cenário. Após estudar sobre chocolate no Canadá, ela fundou sua empresa em 2011 e já conquistou prêmios nacionais e internacionais. A produção de sua fábrica em Ilhéus é de 500 quilos por mês, e ela também possui uma unidade em Minas Gerais, com capacidade para até seis toneladas mensais. Monteiro acredita que a crise de preços é uma oportunidade para os produtores locais serem justamente remunerados.
Além de Monteiro, outros produtores, como João Tavares e Patrícia Viana Lima, também estão investindo em práticas sustentáveis e orgânicas. Tavares, que cultiva cacau em parceria com sua família, aposta na rastreabilidade e na genética diferenciada das amêndoas. Já Lima, com sua marca Modaka, produz chocolates orgânicos e enfrenta desafios como a baixa produtividade devido a doenças e a sucessão familiar.
A Fazenda Vila Rosa, de Alan Schlesinger, combina turismo rural com a produção de chocolate artesanal, atraindo visitantes para conhecer o processo de cultivo e produção. Com uma abordagem que prioriza a experiência do visitante, a fazenda tem se tornado uma referência na região. A união de esforços entre produtores e a valorização do cacau fino podem ser fundamentais para revitalizar a economia local e preservar a cultura do chocolate na Bahia. Projetos que incentivem essa nova geração de empreendedores são essenciais para garantir um futuro promissor para a cacauicultura na região.
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