Impacto Social

Desafios emocionais no puerpério: a luta de mães com bebês internados na UTI neonatal

Bia Miranda compartilha sua angústia nas redes sociais após o parto prematuro da filha, internada na UTI neonatal. A psicóloga Rafaela Schiavo destaca a necessidade de apoio psicológico para mães em situações semelhantes.

Atualizado em
April 25, 2025
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Internação da filha de Bia Miranda reacende debate sobre saúde mental no puerpério — Foto: Reprodução Instagram

Recentemente, a influenciadora Bia Miranda compartilhou em suas redes sociais a angústia que enfrenta após o parto prematuro de sua filha, que se encontra internada na UTI neonatal. Em um desabafo, Bia expressou sua dor ao ter que deixar a bebê no hospital, afirmando: "Estou desesperada, me sinto impotente." A situação destaca os desafios emocionais que muitas mães enfrentam durante o puerpério, especialmente quando seus filhos estão hospitalizados.

A psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, fundadora do Instituto MaterOnline, comentou sobre o impacto que a internação neonatal pode ter na saúde mental das mães. Segundo ela, o risco de desenvolver depressão pós-parto aumenta significativamente em casos de parto prematuro ou internação prolongada, mesmo que a mãe não tenha apresentado sintomas durante a gestação. "Mulheres nessa condição fazem parte de um grupo de risco e precisam de acompanhamento psicológico," afirmou Rafaela.

A especialista também explicou que a expectativa de um parto saudável e a vivência do momento com o bebê nos braços são frequentemente frustradas em casos de internação. Essa quebra de expectativa pode gerar um luto pela maternidade idealizada, resultando em sentimentos de tristeza e ansiedade. "Esse impacto emocional pode vir acompanhado de sintomas depressivos," destacou Rafaela.

Além disso, a psicóloga alertou que o distanciamento entre mãe e bebê pode prejudicar a formação do vínculo afetivo. O vínculo não se estabelece imediatamente após o nascimento, mas é uma construção diária. Quando a mãe não pode ter contato contínuo com o filho, esse processo pode ser comprometido. "O ideal seria que o hospital contasse com um psicólogo perinatal," sugeriu Rafaela, enfatizando a importância de um suporte emocional adequado.

Rafaela também ressaltou que é comum que mães não se sintam prontas para ver seus bebês logo após o nascimento. Essa reação deve ser acolhida e não julgada. O apoio psicológico é fundamental, e a Lei 14.721 garante assistência durante a gestação, parto e pós-parto, especialmente em situações delicadas como essa.

Para ajudar mães em situações semelhantes, é essencial respeitar seu tempo e evitar pressões emocionais. Atualizações delicadas sobre o estado do bebê, como fotos e relatos, podem facilitar a aproximação gradual. Projetos que visem oferecer suporte psicológico e emocional a essas mães são fundamentais e podem fazer uma diferença significativa na recuperação e no fortalecimento do vínculo com seus filhos.

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