Impacto Social

Ministério da Saúde promove webinário sobre paternidade responsável e desafios enfrentados por homens negros

O Ministério da Saúde promoveu um webinário sobre os desafios da paternidade entre homens negros, destacando a interseccionalidade entre saúde, educação e proteção social. O evento, realizado no Dia Nacional da Paternidade Responsável, visa fortalecer o debate sobre a paternidade negra e suas especificidades, abordando a resistência diante do racismo estrutural.

Atualizado em
August 14, 2025
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Hoje, 14 de agosto, o Ministério da Saúde promoveu um webinário intitulado “Homens negros: desafios estruturais para o exercício da paternidade”, em celebração ao Dia Nacional da Paternidade Responsável, conforme a Lei nº 14.623/2023. O evento, transmitido ao vivo pelo canal do DataSUS no YouTube, visa discutir a importância do envolvimento masculino na criação dos filhos, com foco nas especificidades da paternidade negra.

A iniciativa se alinha à Estratégia Primeira Infância Antirracista (PIA), que busca garantir o desenvolvimento equitativo das crianças negras, abordando a interseccionalidade entre saúde, educação e proteção social. O webinário também destaca a necessidade de enfrentar o racismo estrutural que impacta a paternidade, refletindo em desigualdade econômica e violência.

Dados do Primeiro Relatório sobre as Paternidades Negras no Brasil, de 2021, revelam que a paternidade de homens negros é afetada por desafios significativos. Apesar das dificuldades, muitos pais negros estabelecem vínculos afetivos fortes com seus filhos, transformando a paternidade em um ato de resistência. Além disso, a pesquisa indica que oitenta por cento dos homens participam das consultas de pré-natal, mas em mais da metade dos casos, o atendimento é direcionado apenas à gestante.

Esse cenário ressalta a importância de iniciativas como o Pré-natal do Parceiro, que visa integrar os homens aos serviços de saúde e promover práticas de cuidado integral. A Estratégia Primeira Infância Antirracista enfatiza que os primeiros seis anos de vida são cruciais para o desenvolvimento das crianças, e que o racismo estrutural pode prejudicar não apenas a saúde, mas também o vínculo familiar.

O encontro teve como objetivos discutir estratégias para incentivar a paternidade, especialmente entre homens negros, e disseminar iniciativas que promovam ambientes seguros e práticas parentais positivas. O Ministério da Saúde reafirma que enfrentar o racismo é um compromisso coletivo que requer ações concretas em diversas áreas.

Projetos que visam apoiar a paternidade responsável e combater o racismo estrutural são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa. A união da sociedade civil pode ser um fator determinante para fortalecer essas iniciativas e garantir que todos os pais, independentemente de sua origem, tenham as condições necessárias para exercer sua paternidade de forma plena e responsável.

Ministério da Saúde
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