Impacto Social

Debate sobre a proteção infantil nas redes sociais destaca riscos da digitalização precoce e a urgência de regulamentação

Especialistas debatem a urgência de estabelecer idades mínimas para o uso de smartphones e redes sociais, destacando riscos como vícios e violência entre adolescentes. O painel 'Like e laços' no Rio Innovation Week abordou a necessidade de proteção digital.

Atualizado em
August 14, 2025
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Gabriela Lusquinhos, Renan Ferreirinha e Daniel Becker participam do painel ‘Like e laços: desafios e limites na infância digital’, mediado por Juliana Pio no Rio Innovation Week, que debateu regulação, limites e responsabilidades no uso de telas por crianças (Ag. Enquadrar/Divulgação RIW)

O painel 'Like e laços', realizado durante o Rio Innovation Week, destacou a necessidade urgente de estabelecer idades mínimas para o uso de smartphones e redes sociais. Especialistas, incluindo a promotora de Justiça Gabriela Lusquinhos, relataram casos extremos de violência e automutilação entre adolescentes, enfatizando os riscos associados à digitalização precoce. O evento ocorreu no Espaço Kobra e contou com a participação de autoridades e ativistas, que discutiram os desafios da infância digital.

O influenciador Felipe Bressanim, conhecido como Felca, gerou ampla repercussão ao denunciar a adultização e a sexualização de crianças nas redes sociais, com seu vídeo alcançando mais de trinta milhões de visualizações. Durante o painel, os especialistas concordaram que, embora a tecnologia ofereça oportunidades de aprendizado, ela também expõe os jovens a perigos como vícios e crimes. A pesquisa TIC Kids Online 2023 revelou que noventa e cinco por cento dos brasileiros entre nove e dezessete anos acessam a internet sem supervisão adequada.

A promotora Gabriela Lusquinhos afirmou que "o lugar mais perigoso que uma criança pode estar sem supervisão é nas redes sociais", defendendo a implementação de idades mínimas para o uso de dispositivos. Ela citou recomendações do pesquisador Jonathan Haidt, sugerindo quatorze anos para smartphones e dezesseis para redes sociais, para que os jovens possam tomar decisões mais informadas e evitar desafios perigosos.

O pediatra e ativista Daniel Becker alertou que muitos aplicativos são projetados para criar dependência, afetando a atenção e a memória das crianças. Becker fez uma distinção entre "boa tela", que envolve interação social, e "tela ruim", que promove o uso compulsivo. Ele defendeu a proibição de aplicativos prejudiciais para crianças, enfatizando a necessidade de um ambiente digital mais seguro.

O secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha, destacou o papel das escolas na proteção dos alunos. Em 2023, o município foi pioneiro ao proibir celulares nas escolas, resultando em diminuição do bullying e aumento do aprendizado. Essa iniciativa inspirou um projeto de lei federal que visa estender a proibição a todas as instituições de ensino do país, promovendo um ambiente mais saudável para as crianças.

O debate também abordou a responsabilidade das famílias e a necessidade de regulação das redes sociais. Gabriela Lusquinhos alertou que os pais podem ser responsabilizados por ações de seus filhos online. A união de esforços entre sociedade civil, escolas e famílias é crucial para garantir a segurança das crianças no ambiente digital. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos a terem acesso a um ambiente digital mais seguro e saudável.

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