Terceiro Setor

Duas vítimas de trabalho análogo à escravidão são resgatadas em Minas Gerais após operação conjunta de autoridades

Duas vítimas de trabalho análogo à escravidão foram resgatadas em Planura, MG, após denúncia. A operação resultou na prisão de três empregadores e destaca a exploração de pessoas LGBTQIAPN+. A ação, realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Polícia Federal, revelou abusos graves, incluindo a obrigatoriedade de tatuar as iniciais dos patrões. As vítimas, um homem homossexual e uma mulher transgênero do Uruguai, foram aliciadas por meio de redes sociais e mantidas em condições desumanas.

Atualizado em
April 27, 2025
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Foto: Divulgação/Auditoria Fiscal do Trabalho

Duas pessoas foram resgatadas em Planura, Minas Gerais, após serem submetidas a condições análogas à escravidão. A operação, realizada entre os dias 8 e 15 de abril, foi conduzida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho e Polícia Federal. As vítimas, um homem homossexual e uma mulher transgênero, ambos do Uruguai, foram aliciados por meio de redes sociais e traficados para a região, onde enfrentaram abusos severos.

Durante a inspeção, os auditores descobriram que as vítimas trabalhavam sem registro em carteira e eram submetidas a jornadas exaustivas, sem remuneração e em condições precárias. Um dos resgatados foi forçado a tatuar as iniciais dos patrões, simbolizando a posse. As abordagens dos empregadores exploravam a vulnerabilidade socioeconômica e afetiva das vítimas, especialmente entre membros da comunidade LGBTQIAPN+.

O MTE informou que um dos resgatados ficou cerca de nove anos em situação de trabalho forçado, sofrendo violência física, sexual e psicológica. Marcas de agressões foram confirmadas por testemunhas, e há indícios de exploração sexual e extorsão. A outra vítima sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) possivelmente causado pelo estresse e pelas violências vivenciadas.

Três homens, identificados como empregadores, foram presos em flagrante e encaminhados ao sistema prisional. Durante a operação, foram apreendidos celulares, notebooks e pen drives, e as investigações continuam. As vítimas estão recebendo acolhimento em Clínicas de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), que oferecem assistência médica, psicológica e jurídica.

O MTE reforça a importância de denunciar violações de direitos humanos, que podem ser feitas de forma anônima pelo Disque 100, disponível 24 horas. Casos de trabalho análogo à escravidão também podem ser reportados pelo Sistema Ipê do MTE. A mobilização da sociedade é fundamental para combater essas práticas e proteger os direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade.

Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos a encontrar apoio e reconstruir suas vidas. Projetos que visam a assistência e a reintegração de vítimas de exploração são essenciais e merecem ser incentivados pela sociedade civil.

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