Pesquisas de Michel Naslavsky, biólogo da USP, exploram como a ancestralidade miscigenada no Brasil pode afetar o impacto do gene APOE no Alzheimer, com resultados previstos para o próximo ano. A investigação busca entender variações genéticas e suas implicações na doença.
O Alzheimer é uma doença complexa que provoca perda de memória e declínio cognitivo, sendo influenciada por fatores genéticos e ambientais. O gene APOE, que possui variantes associadas ao risco da doença, é um dos principais focos de pesquisa. Recentemente, estudos do biólogo Michel Naslavsky, da Universidade de São Paulo (USP), investigam como a ancestralidade miscigenada no Brasil pode afetar a influência do gene APOE no desenvolvimento do Alzheimer.
O gene APOE tem três variantes: APOE 2, APOE 3 e APOE 4. A última é frequentemente ligada ao aumento do risco de Alzheimer. A pesquisa de Naslavsky parte da premissa de que a interação do gene com o contexto populacional pode alterar seu impacto. Ele observa que a prevalência de Alzheimer é similar entre europeus e africanos, mas a suscetibilidade à variante APOE 4 pode variar entre essas populações.
Naslavsky destaca que a miscigenação no Brasil, resultado de processos históricos como a colonização e a escravidão, torna a população brasileira um campo de estudo único. Quase noventa por cento dos brasileiros têm algum grau de mistura entre raças e etnias, o que pode influenciar a forma como o gene APOE atua no organismo.
O pesquisador utiliza dois conjuntos de amostras em seu trabalho. Um deles é composto por cérebros de pessoas falecidas, obtidos do Biobanco para Estudos do Envelhecimento da USP. O outro envolve idosos vivos, que passam por sequenciamento genético e análises de neuroimagem no Hospital Israelita Albert Einstein. A pesquisa também inclui a análise lipidômica, que examina como os lipídios afetam o cérebro.
Os resultados esperados para o próximo ano podem trazer novas compreensões sobre o Alzheimer na população brasileira. Se a pesquisa identificar um novo caminho para o desenvolvimento da doença, isso poderá abrir portas para tratamentos inovadores. A conexão entre ancestralidade e genética pode ser crucial para entender a diversidade de respostas ao Alzheimer.
Iniciativas que buscam apoiar pesquisas como a de Naslavsky são fundamentais para o avanço do conhecimento sobre doenças como o Alzheimer. A união da sociedade civil pode ser um motor para impulsionar projetos que visem a saúde e o bem-estar de todos, especialmente em um contexto tão diversificado como o brasileiro.
IgesDF promove Mês Nacional da Segurança do Paciente com palestras e dinâmicas. A campanha visa fortalecer a cultura de segurança e acolhimento nas unidades de saúde, destacando a importância da notificação de eventos adversos.
Neste sábado, 24 de maio, a Marcha para Jesus no Rio de Janeiro contará com um ponto de vacinação na Praça da Apoteose, oferecendo vacinas contra gripe e sarampo das 14h às 18h. A ação visa aumentar a imunização entre os participantes e será realizada em um evento que promete mais de oito horas de louvor, com a presença de artistas renomados da música gospel.
O Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo introduziu um implante cardíaco inovador para prevenir AVC em pacientes com contraindicação ao uso de anticoagulantes, ampliando as opções de tratamento. Maria Ernestina Soares, que enfrentou complicações de saúde, foi uma das primeiras a se beneficiar do procedimento.
A cirurgia bariátrica evoluiu no Brasil, reduzindo riscos e aumentando benefícios, segundo o cirurgião Mauricio Mauad, que destaca a importância da preparação multidisciplinar dos pacientes. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica busca ampliar o acesso ao procedimento, essencial para combater a obesidade e suas complicações.
Estudo da University College London (UCL) indica que sinais precoces da doença de Alzheimer podem surgir na casa dos 40 anos, com problemas de orientação espacial como marcadores iniciais. A pesquisa destaca a importância do diagnóstico precoce para tratamentos mais eficazes.
A pesquisa do SindHosp revela um aumento alarmante nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e outras doenças em São Paulo, com baixa adesão à vacinação contra a gripe. O levantamento, realizado entre 6 e 16 de junho, mostrou que 64% dos hospitais reportaram aumento nas internações em UTIs e 74% nos atendimentos de emergência. O presidente do SindHosp, Francisco Balestrin, destaca a urgência da vacinação, que atualmente atinge apenas 35% da população. O surto de SRAG começou mais cedo este ano, o que pode agravar a situação, especialmente entre crianças e idosos.