Impacto Social

Felca denuncia exploração sexual infantil nas redes sociais e provoca debate sobre adultização de crianças

O youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, denuncia a exploração sexual de crianças nas redes sociais, enquanto a delegada Lisandréa Salvariego alerta sobre a adultização infantil e investigações em curso.

Atualizado em
August 12, 2025
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À esq., o influenciador Felca, que fez um vídeo em que denuncia a adultização na internet. À dir., Hytalo Santos, que é citado no vídeo de Felca e apontado por expor adolescentes em suas redes

Após a divulgação de um vídeo do youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, que aborda a exploração sexual de crianças e adolescentes, a delegada Lisandréa Salvariego, do Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad) da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, alertou sobre a crescente banalização da superexposição infantil nas redes sociais. A delegada enfatizou que "crianças não precisam ser expostas para que se sintam ‘aceitas’", destacando os danos da adultização na formação infantil.

No vídeo, Felca menciona casos em que crianças têm suas imagens exploradas, tanto por adultos quanto por seus próprios pais, em contextos sexualizados. Entre os influenciadores citados está Hytalo Santos, que realiza dinâmicas com adolescentes, mas também os expõe em situações inadequadas, como em festas com álcool e em trajes provocantes. Hytalo está sob investigação do Ministério Público da Paraíba por suspeitas de exploração e trabalho infantil.

A delegada Salvariego recomenda que os responsáveis evitem expor crianças em situações que possam ser interpretadas como adultas, mesmo em redes sociais fechadas. Ela ressalta que "o adulto precisa ser o filtro da criança ou do adolescente", uma vez que estes ainda não possuem discernimento suficiente para lidar com a exposição online. O Noad está monitorando casos de violência digital, incluindo estupro virtual e automutilação.

Além de sua atuação como influenciador, Felca processou duzentas contas no Twitter após ser acusado de pedofilia. Seu advogado, João de Sezi, afirmou que este é apenas o terceiro processo em uma série, com outros já julgados. Felca propôs um acordo com os donos das contas, sugerindo uma doação de R$ 250,00 para instituições que combatem a exploração infantil.

Uma reportagem de 2023 revelou que o Twitter enfrenta dificuldades em banir conteúdos de pornografia infantil, com usuários utilizando hashtags para se comunicar sobre o tema. A pesquisa mostrou que muitos conteúdos permanecem acessíveis por longos períodos, alcançando milhares de usuários. Técnicas de disfarce, como a mistura de emojis nas URLs, são comuns entre os criminosos para evitar detecções.

Os riscos associados a esses crimes incluem abuso sexual e aliciamento de crianças e adolescentes. É fundamental que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que visem a proteção e a educação sobre esses temas. Projetos que promovam a conscientização e a proteção de crianças podem fazer uma diferença significativa na luta contra a exploração infantil.

Folha de São Paulo
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