Durante a Flip 2025, a mesa "Pertencer, transformar" reuniu Verenilde Pereira e Astrid Roemer para discutir literatura, pertencimento e opressão, destacando a violência contra mulheres indígenas. As autoras refletiram sobre a função da literatura em resgatar vozes silenciadas e questionaram a opressão patriarcal em suas obras.
Durante a Flip 2025, a Festa Literária Internacional de Paraty, a mesa "Pertencer, transformar" reuniu a autora Verenilde Pereira, do Amazonas, e Astrid Roemer, do Suriname, para discutir a intersecção entre literatura, pertencimento e opressão. A conversa, mediada pela jornalista Adriana Ferreira da Silva, abordou temas como feminismo e a violência contra mulheres indígenas, destacando a importância da literatura como um meio de resgate de vozes silenciadas.
Verenilde Pereira, autora de "Um rio sem fim", publicado originalmente em mil novecentos e noventa e oito, enfatizou que a literatura serve para contar histórias que muitas vezes são escondidas. Ela afirmou: "A literatura pode, quando quer, fazer isso: resgate". A obra retrata a vida de duas meninas indígenas que são retiradas de suas aldeias e forçadas a trabalhar em Manaus, refletindo a opressão e a perda de identidade cultural.
A autora também fez uma conexão com a realidade atual, mencionando um caso recente de uma mulher indígena da etnia Kokama que denunciou ter sido estuprada por policiais. "Para certos grupos pertencerem, outros têm que ser subtraídos", destacou, ressaltando a brutalidade da violência que muitas mulheres enfrentam.
Astrid Roemer, por sua vez, trouxe à tona sua obra "Sobre a loucura de uma mulher", publicada em mil novecentos e oitenta e dois. A narrativa gira em torno de Noenka, que se vê obrigada a desfazer um casamento violento. Roemer questionou a construção social da loucura, afirmando que "homens com uma família boa têm um problema no trabalho e matam todo mundo. Quem é louco?"
A autora também refletiu sobre a linguagem e o racismo presente no idioma holandês, que ela utiliza em sua escrita. "Limpei o idioma e depois o usei", disse, destacando a importância de ressignificar a linguagem como uma forma de resistência. Sua obra foi celebrada no feminismo europeu por desafiar o patriarcado.
As discussões na mesa "Pertencer, transformar" evidenciam a necessidade de dar voz a grupos marginalizados e a urgência de abordar questões de opressão e identidade. Projetos que promovem a literatura e a cultura podem ser fundamentais para apoiar essas vozes e transformar realidades. A união da sociedade civil pode fazer a diferença na luta por justiça e igualdade.
O Circuito Rua Viva chega ao Mercado Sul Vive, em Taguatinga, nos dias 12 e 13 de julho, com uma programação gratuita que inclui teatro, oficinas e shows de mais de 30 artistas locais. O evento, promovido pelo Coletivo Truvação e Ventoinha Produções com apoio do FAC-DF, visa levar cultura às periferias do Distrito Federal, destacando a arte e a diversidade da região.
Em Taguatinga, praças como a do Bicalho e do DI são essenciais para a convivência comunitária, mas moradores pedem eventos culturais e melhorias na infraestrutura. A valorização desses espaços pode impulsionar o comércio local.
Após 17 anos de luta judicial, casal da Vila Cruzeiro receberá R$ 500 mil de indenização. A Justiça do Rio de Janeiro determinou a expedição de precatórios para complementar a indenização após ocupação indevida da casa do casal por policiais do Bope.
Lady Gaga se apresenta na Praia de Copacabana, atraindo até 1,6 milhão de pessoas. O evento gratuito contará com pulseiras de identificação para crianças e ações de combate à violência.
O Quartel do 2º Batalhão de Guardas, em São Paulo, enfrenta degradação e abandono, enquanto o governo planeja sua reforma e a construção de 1.231 unidades habitacionais nas proximidades. Especialistas alertam sobre a precariedade do edifício e a viabilidade do projeto.
Carla Naiana de Menezes Mota, empreendedora do Piauí, deixou um emprego em Goiânia para abrir uma loja de moda feminina em Ribeiro Gonçalves, faturando R$ 200 mil e criando uma feira que movimentou R$ 500 mil. Ela foi reconhecida com o Troféu Ouro do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios em 2023, destacando-se como uma influenciadora regional e promovendo o crescimento econômico local.