Censo 2022 revela que 14,4 milhões de brasileiros têm deficiência, com maior incidência no Nordeste. A dificuldade visual é a mais comum, afetando 7,9 milhões. A consultora Luciana Trindade pede mais políticas de acessibilidade.

O Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que o Brasil possui 14,4 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, representando 7,3% da população com dois anos ou mais, que totaliza 198,3 milhões. A maior incidência foi registrada no Nordeste, onde 8,6% da população nessa faixa etária apresenta deficiência. A dificuldade para enxergar é a mais comum, afetando 7,9 milhões de brasileiros.
Entre as mulheres, o número de pessoas com deficiência é superior ao dos homens, com 8,3 milhões contra 6,1 milhões. O IBGE esclarece que os dados de 2022 não são comparáveis aos de 2010 devido a mudanças nos questionários, que seguem recomendações do Grupo de Washington, ligado à ONU. O total de 14,4 milhões de pessoas com deficiência no Brasil é maior que a população de estados como a Bahia, que tem 13,8 milhões de habitantes.
O Censo classifica uma pessoa como deficiente se ela não consegue ou tem muita dificuldade para realizar atividades em cinco domínios funcionais: enxergar, ouvir, mobilidade dos membros inferiores, coordenação motora fina e funções mentais. O Nordeste apresentou o maior percentual de pessoas com deficiência, seguido pelas regiões Norte, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. O IBGE sugere que a maior incidência no Nordeste pode estar relacionada a fatores socioeconômicos, como o acesso limitado a cuidados de saúde.
Os estados de Alagoas e Piauí destacam-se com percentuais acima de 9% de pessoas com deficiência, enquanto Roraima e Mato Grosso têm proporções abaixo de 6%. No nível municipal, Malhada dos Bois, em Sergipe, apresentou a maior taxa, com 18,1% da população de dois anos ou mais. Em contraste, Tigrinhos, em Santa Catarina, teve a menor taxa, com apenas 1,2%.
A consultora de inclusão e acessibilidade Luciana Trindade enfatiza a necessidade de priorizar políticas públicas voltadas para a acessibilidade. Com mais de 20 anos de ativismo, ela destaca as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência em São Paulo, como o acesso ao transporte público e a infraestrutura urbana inadequada. A falta de prioridade em ações de acessibilidade é uma preocupação constante para os defensores dos direitos das pessoas com deficiência.
O Censo também revelou uma relação entre idade e deficiência, com a incidência aumentando significativamente entre os idosos. Apenas 2,2% da população de 2 a 14 anos apresenta deficiência, enquanto esse número sobe para 27,5% entre os que têm 70 anos ou mais. Esses dados ressaltam a importância de iniciativas que promovam a inclusão e o suporte a pessoas com deficiência, especialmente em regiões mais vulneráveis, onde a união da sociedade pode fazer a diferença.

O DetranRS e a Sedes anunciaram a lista dos beneficiários do programa CNH Social em 2025, com prazos para documentação até 5 de setembro e uma nova lei que amplia o acesso ao programa. A medida, sancionada por Luis Inácio Lula da Silva, permitirá que pessoas de baixa renda obtenham a Carteira Nacional de Habilitação gratuitamente, a partir de 12 de agosto, para aqueles inscritos no CadÚnico.

O projeto Música nos Hospitais, da Associação Paulista de Medicina, ampliará seu alcance em 2025, incluindo apresentações para estudantes da rede pública de São Paulo. A Orquestra do Limiar, sob a regência do médico e maestro Samir Rahme, se apresentará para cerca de 150 alunos e professores, oferecendo uma experiência musical única. A iniciativa, que já beneficiou mais de 200 instituições de saúde desde 2004, agora busca também impactar a juventude, promovendo o acesso à música e seus benefícios.

Joélho Caetano, jovem de comunidade quilombola no Ceará, produz sorvete artesanal com ingredientes locais, enquanto outros inovam com óleo de coco e espumante de caju, promovendo a cultura alimentar regional.

Pesquisas revelam que 62% dos jovens brasileiros enfrentam medo do futuro, com 78,5% relatando ansiedade. Apesar disso, 87% acreditam que imaginar o futuro pode ser aprendido, buscando novas formas de existir.

A Operação Lei Seca em Niterói registrou um aumento de 13,9% nas abordagens a motoristas entre janeiro e maio de 2025, enquanto a taxa de alcoolemia caiu de 11,73% para 8,31%. A superintendente Patrícia Monteiro destaca a eficácia das ações educativas e a mudança de comportamento dos motoristas.

A saúde mental no trabalho no Brasil enfrenta uma crise, com um aumento de 134% nos afastamentos por transtornos mentais entre 2022 e 2024, segundo dados do INSS. O Ministério Público do Trabalho e a Organização Internacional do Trabalho destacam a necessidade urgente de políticas eficazes.