Relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela que mais de 40% das mulheres assassinadas no Brasil são evangélicas, levantando questões sobre a influência de ensinamentos religiosos na violência doméstica. A análise sugere que a ênfase na submissão feminina e na liderança patriarcal nas igrejas pode perpetuar ciclos de violência, tornando urgente uma revisão desses ensinamentos.
O último relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelou que mais de 40% das mulheres assassinadas no Brasil são evangélicas. Essa estatística levanta questões sobre os ensinamentos nas igrejas que podem estar contribuindo para a violência doméstica. A análise sugere que interpretações parciais de ensinamentos bíblicos sobre submissão e liderança patriarcal podem reforçar comportamentos violentos.
A psicóloga Lenore Walker descreveu o ciclo da violência doméstica em três fases. Na primeira, ocorrem agressões leves, e a mulher se submete para acalmar o parceiro, o que pode reforçar a agressividade dele. Na segunda fase, a tensão aumenta, levando a agressões mais severas. Por fim, na terceira fase, o agressor demonstra arrependimento, criando um ciclo vicioso que pode culminar em feminicídio.
Um dos ensinamentos comuns nas igrejas é que a mulher deve se submeter ao marido, o que pode levar à crença de que essa submissão mudará o comportamento do parceiro. Isso reforça a ideia de que a mulher pode controlar a situação por meio da sujeição, enquanto o homem é ensinado a ser "o cabeça do lar", o que pode dar a ele uma falsa noção de direitos sobre a mulher.
Os defensores desses ensinamentos podem argumentar que são baseados na Bíblia, mas muitas vezes ignoram a liderança servidora de Cristo. O apóstolo Paulo enfatiza que o marido deve amar a esposa como Cristo amou a igreja, um aspecto frequentemente negligenciado em interpretações patriarcais.
Outros ensinamentos que podem contribuir para a violência incluem a ideia de que o casamento deve ser mantido a qualquer custo, o que pode impedir mulheres de deixarem relacionamentos abusivos. Além disso, a crença na rápida mudança do agressor arrependido é comum, mas muitas vezes não é acompanhada de suporte adequado para garantir mudanças genuínas.
É essencial que as igrejas revisem seus ensinamentos para evitar a perpetuação da violência. A mudança pode começar com a conscientização e o apoio a projetos que promovam a igualdade e a segurança para as mulheres. A união da sociedade civil pode ser um passo importante para ajudar as vítimas e transformar a realidade atual.
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