A Melhoramentos inaugurou a fábrica de embalagens sustentáveis Biona em Camanducaia (MG), com investimento de R$ 40 milhões, visando reduzir a pegada de carbono e substituir plásticos de uso único. A nova unidade produzirá até 80 milhões de embalagens compostáveis anualmente, com emissão de CO₂ 68% menor que as convencionais. A operação gerará 40 empregos diretos e reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade e inovação no setor alimentício.

A Melhoramentos, uma companhia de capital aberto que atua nos setores editorial, florestal e imobiliário, inaugurou sua nova fábrica de embalagens sustentáveis Biona em Camanducaia, Minas Gerais. O investimento inicial foi de R$ 40 milhões, com capacidade de produção de 60 milhões a 80 milhões de embalagens por ano. A fábrica tem como foco atender o setor de alimentos, oferecendo embalagens que resistem a gordura, umidade e temperaturas extremas, com o objetivo de substituir as embalagens plásticas de uso único.
As novas embalagens são compostáveis e se decompõem completamente em cerca de 75 dias. O material é feito de fibra de celulose, e um estudo realizado pela consultoria Planton revelou que a Biona emite apenas 22,37 gramas de CO₂ equivalente por unidade, um índice 68% menor do que as embalagens de polietileno convencionais. Carolina Alcoforado, diretora de Inovação e Novos Negócios da Melhoramentos, destacou que esse desempenho coloca a Biona como uma inovação que pode ajudar as indústrias a atingirem suas metas de redução de CO₂.
A substituição de um milhão de embalagens plásticas tradicionais pela Biona pode resultar em uma economia de 17,4 toneladas de CO₂ anualmente, o que equivale ao consumo energético de 145 residências durante um ano. Rafael Gibini, CEO da Melhoramentos, enfatizou que a integração vertical da empresa, que vai da produção de madeira à celulose, permite a viabilidade de custos competitivos.
A escolha de Camanducaia para a nova fábrica não foi aleatória. A localização está no coração da região onde a empresa extrai fibras de celulose de alto rendimento, o que garante uma logística eficiente e redução de custos de transporte, contribuindo para manter a pegada de carbono baixa. Além disso, a Biona oferece duas rotas de descarte: pode ser enviada para a composteira ou reciclada como papel, diferentemente do plástico convencional, que leva séculos para se decompor.
A pesquisa da Planton comparou a Biona com seis tipos diferentes de embalagens e a embalagem brasileira se destacou em todos os cenários. Para o mercado brasileiro, que busca alternativas sustentáveis sem comprometer a funcionalidade, a Biona representa um avanço significativo. O desafio agora é conquistar os players do setor alimentício e, principalmente, o consumidor final, para que abracem essa mudança em seus hábitos de consumo.
Iniciativas como a da Melhoramentos são fundamentais para promover a sustentabilidade e a inovação no mercado. A união da sociedade civil pode ser um grande impulso para apoiar projetos que visam a redução do uso de plástico e a promoção de alternativas sustentáveis. Cada ação conta, e a mobilização em torno de causas como essa pode fazer a diferença na construção de um futuro mais verde.

Em 2024, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) do Brasil estabeleceu protocolos para medir danos climáticos, com um custo mínimo de US$ 5 por tonelada de CO₂. O Ministério Público Federal já iniciou ações contra desmatadores.

Cidades da Amazônia têm as piores taxas de arborização urbana do Brasil, segundo o Censo 2022 do IBGE. Enquanto estados do agronegócio, como Mato Grosso do Sul, se destacam positivamente, a pesquisa revela que apenas 10,7% do Acre e 13,7% do Amazonas vivem em ruas com mais de cinco árvores.

Investigação da Earthsight revela que couro bovino de áreas desmatadas no Pará é utilizado por marcas de luxo na Itália, levantando preocupações sobre ética e sustentabilidade na moda. A COP-30, que ocorrerá em novembro, destaca a urgência do tema.

Um estudo recente alerta que, com um aquecimento de 1,2 °C, o nível do mar já está subindo, ameaçando comunidades costeiras e acelerando o derretimento das camadas de gelo na Groenlândia e Antártida. A pesquisa, publicada na revista Communications Earth & Environment, revela que a perda de gelo chega a 370 bilhões de toneladas métricas por ano, podendo elevar o nível do mar em vários metros nos próximos séculos. A COP30, que ocorrerá em Belém em 2025, será crucial para discutir a adaptação às mudanças climáticas e os compromissos de redução de emissões.

Comlurb implementará um plano de R$ 5 milhões para limpar o Complexo Lagunar de Jacarepaguá, criando dez Ecopontos e dois ecoboats, visando reduzir 299,8 toneladas de resíduos diários.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, critica a aprovação de projeto no Senado que flexibiliza o licenciamento ambiental, alertando para riscos aos compromissos climáticos do Brasil e acordos internacionais. A proposta inclui renovação automática de licenças para atividades de baixo e médio impacto, levantando preocupações sobre possíveis danos ambientais.