Professor André de Carvalho, diretor do ICMC da USP, descobriu seu autismo aos 54 anos e agora desenvolve IA para diagnósticos precoces e adaptações para alunos neurodivergentes.

O professor André de Carvalho, diretor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), recebeu o diagnóstico de autismo aos 54 anos. Durante sua vida, ele enfrentou desconfortos com barulhos e episódios de shutdowns, que não compreendia. A descoberta ocorreu após uma conversa com sua filha, que sugeriu a avaliação. O diagnóstico trouxe alívio e motivou André a buscar formas de tornar os diagnósticos de autismo mais acessíveis e precoces.
André reflete sobre a importância do diagnóstico precoce, afirmando que a compreensão do autismo facilita o tratamento e a adaptação na escola. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é multifatorial e se manifesta na infância, com diferentes graus de intensidade. Apesar do aumento no número de diagnósticos, muitos ainda acreditam que o autismo se apresenta apenas em formas mais severas, o que pode desestimular a busca por avaliação.
O desconhecimento sobre o espectro autista é um desafio. André observa que, historicamente, apenas casos mais graves eram diagnosticados, como o personagem do filme "Rain Man". Essa visão limitada contribui para a falta de iniciativas que aprimorem a identificação de casos. Por isso, ele se dedica a desenvolver ferramentas de inteligência artificial (IA) que possam auxiliar no diagnóstico do autismo, utilizando imagens de ressonância magnética funcional.
Além de seu trabalho em IA, André passou a prestar mais atenção na forma como suas aulas são compreendidas pelos alunos, buscando ser mais empático e inclusivo. No ICMC, ele promove adaptações para alunos neurodivergentes, como o uso de abafadores de som e prazos estendidos para entrega de trabalhos. Essas adaptações visam garantir condições equivalentes para todos os estudantes.
A professora Marina Andretta, coordenadora da Comissão de Inclusão e Pertencimento do ICMC, destaca a importância de naturalizar a diferença no ambiente acadêmico. Ela enfatiza que adaptações não são privilégios, mas sim garantias de condições justas para todos. A identificação de alunos autistas que buscam tutoria com docentes também demonstra como a empatia e a compreensão podem fazer a diferença na experiência universitária.
Iniciativas como as de André e Marina são essenciais para promover a inclusão e a compreensão do autismo. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar projetos que visem melhorar a identificação e o tratamento do TEA, garantindo que mais pessoas tenham acesso a diagnósticos precoces e a um ambiente educacional mais acolhedor.

A Quero Bolsa lançou inscrições para um curso preparatório gratuito para o Enem 2025, em parceria com a Estuda.com, oferecendo videoaulas e simulados com correção especializada. O programa, que ocorre entre agosto e outubro, inclui diagnósticos de desempenho e apoio de professores voluntários, visando democratizar o acesso ao ensino superior.

As inscrições para o Programa Universidade para Todos (Prouni) começam em 30 de junho e vão até 4 de julho, oferecendo bolsas de estudo para estudantes de baixa renda. Os candidatos devem ter feito o Enem e atender a critérios de renda. A lista de espera será aberta em agosto.

Um estudo revela que escolas públicas estaduais em São Paulo apresentam até 27 vezes mais desordem que as particulares, impactando o bem-estar dos adolescentes. A pesquisa, com 2.680 estudantes, destaca a degradação nas instalações e seu efeito no comportamento juvenil.

O Projeto Labinclui, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), oferece 120 vagas em cursos tecnológicos para preparar a população do Distrito Federal para novas demandas do mercado. A iniciativa visa capacitar profissionais em áreas emergentes, como bioeconomia e serviços, em meio a transformações impulsionadas pela inteligência artificial e automação.

O governo federal lançou o Programa Mais Professores e a Prova Nacional Docente (PND) para valorizar e melhorar a formação de docentes, enfrentando o apagão na educação. A PND visa selecionar e avaliar licenciados, mas sua eficácia depende de ações que garantam melhores condições de trabalho e remuneração.

Brasil alcança apenas 49,6% da meta de matrículas no ensino técnico até 2024. MEC anuncia novos Institutos Federais e programas para combater a evasão escolar.