Regina José Galindo, artista guatemalteca, apresentou a performance "Primavera democrática" no Rio de Janeiro, abordando a violência e a falência da democracia na Guatemala e no mundo. A exposição na galeria Portas Vilaseca destaca suas obras impactantes até 26 de julho.
Na manhã de outono, a artista visual guatemalteca Regina José Galindo apresentou sua performance "Primavera democrática" na Praça da Harmonia, no Rio de Janeiro. Durante a ação, que durou cerca de uma hora, Galindo, completamente nua, foi cercada por dois coveiros que colocaram 200 buquês de flores ao seu redor. Após permanecer impassível por 20 minutos, a artista se levantou, deixando a silhueta de seu corpo impressa no chão. Essa performance inédita ocorreu no dia 3 de junho e faz parte de sua primeira exposição individual na cidade, que ficará em cartaz até 26 de julho na galeria Portas Vilaseca.
A mostra reúne algumas das performances mais emblemáticas de Galindo, que já foi premiada com um Leão de Ouro na 51ª Bienal de Veneza. A artista destaca que "Primavera democrática" denuncia a ideia de democracia que, segundo ela, já nasceu morta na Guatemala e em outras partes do mundo. Galindo enfatiza que não se pode falar em liberdade quando a vida das populações é marcada por violências, citando o aumento dos crimes contra mulheres, inclusive no Brasil.
Regina, que cresceu em meio à guerra civil na Guatemala, carrega memórias da militarização e da naturalização da barbárie. Ela se recorda de corpos nas ruas e do clima de repressão em sua casa, o que a levou a se rebelar, escrevendo um livro de poemas em 1998. Desde então, a performance se tornou sua forma de expressão artística, permitindo que ela transformasse suas experiências em imagens que denunciam violências e regimes antidemocráticos.
A curadora da exposição, Daniela Labra, ressalta que Galindo dá continuidade ao trabalho de artistas latino-americanos com forte teor político, como Tania Bruguera e Teresa Margolles. As performances de Galindo, que muitas vezes envolvem riscos físicos, têm como objetivo denunciar sistemas de poder. Em "Perra", por exemplo, a artista usou uma faca para escrever a palavra que dá título à obra em sua própria perna, abordando a tortura de corpos femininos na Guatemala.
Além de suas performances impactantes, Regina também se conecta com artistas brasileiros, como Lygia Clark e Paulo Nazareth. Durante sua passagem pelo Rio, ela visitou a artista Panmela Castro, com quem encontrou afinidade em suas abordagens artísticas. Galindo acredita que as questões que aborda são universais e que, em tempos de crise, a arte pode ser uma forma de resistência e luta.
Regina José Galindo afirma que, em um mundo marcado por guerras e genocídios, a produção artística deve ser cada vez mais intensa. Ela convoca os artistas a se tornarem bastiões de luta. Nesse contexto, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a arte e a cultura, ajudando a dar voz a quem mais precisa e a fortalecer a luta por direitos humanos e justiça social.
O Senado aprovou aumento das cotas para negros em concursos públicos de 20% para 30%, incluindo indígenas e quilombolas, com validade de 10 anos e revisão periódica. A sanção presidencial é esperada antes de junho.
A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) realizará no dia 2 de junho a 24ª edição do Dia da Mulher, oferecendo serviços gratuitos para mulheres em situação de vulnerabilidade. O evento, que ocorrerá das 8h às 16h, visa promover a cidadania e os direitos femininos, proporcionando um espaço seguro e acolhedor. A coordenadora Emmanuela Saboya destaca a importância da colaboração entre instituições para um atendimento mais humanizado. O local será no Setor Comercial Norte, próximo ao Hospital Regional da Asa Norte.
A peça "Osíris, o Boi Andarilho" será apresentada gratuitamente na Festa Junina do Núcleo Comunitário Inverno Verão em Diadema, promovendo a cultura popular e a reflexão sobre identidade. O espetáculo, dirigido por Priscilla Fernandes, explora a trajetória de um boi paulistano e suas conexões culturais, incentivando o reconhecimento das origens e a resistência cultural. Com duração de 45 a 60 minutos, a apresentação é livre para todas as idades e combina contação de histórias, música e dança.
A taxa de pobreza no Brasil caiu de 21,7% em 2023 para 20,9% em 2024, mas o avanço é lento e a geração de empregos deve ser limitada em 2025, segundo o Banco Mundial. Apesar da redução, 45,8 milhões de brasileiros ainda vivem com menos de US$ 6,85 por dia. O governo enfrenta desafios orçamentários que podem dificultar a continuidade de programas sociais eficazes.
O Festival Negritudes Globo, inaugurado por Alcione e Mumuzinho, aborda preconceito e machismo, ressaltando a importância da representatividade e da memória de figuras negras. O evento promove debates enriquecedores sobre cultura e identidade.
Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) agora têm direito ao acompanhamento nutricional especializado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conforme a nova redação da Lei nº 12.764/12. Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a medida visa atender às necessidades alimentares específicas e combater a seletividade alimentar, promovendo saúde e bem-estar.