Estudo em São Paulo revela 2.351 casos de torção testicular entre 2008 e 2016, com taxa de 21,61 por 100 mil homens no SUS, destacando a urgência do tratamento para evitar complicações graves.

A torção testicular é uma condição de saúde masculina que, apesar de sua gravidade, é frequentemente ignorada. Essa situação ocorre quando o testículo gira dentro da bolsa escrotal, interrompendo o fluxo sanguíneo e podendo levar à perda do órgão. O médico urologista Udenbergh Nóbrega, do Hospital Regional da Asa Norte, explica que a contração do músculo cremaster, que regula a temperatura dos testículos, pode causar essa torção. Embora a condição seja mais comum em adolescentes entre doze e dezoito anos, pode afetar homens de qualquer idade.
Entre as causas da torção testicular estão a exposição ao frio, traumas na região genital, exercícios físicos intensos e malformações congênitas. Os sintomas incluem dor intensa e súbita, náuseas, vômitos, inchaço e vermelhidão na área afetada. A intervenção médica é crucial, pois o tempo ideal para a destorção é de até seis horas, garantindo uma taxa de sucesso de 90 a 95% na preservação do testículo. Após doze horas, essa taxa cai para 20%, e após vinte e quatro horas, geralmente não se realiza a cirurgia.
Dados sobre a incidência de torções testiculares no Brasil são escassos. No entanto, um estudo realizado em São Paulo entre dois mil e oito e dois mil e dezesseis registrou dois mil trezentos e cinquenta e um casos, resultando em uma taxa de 21,61 casos por 100 mil homens atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa estatística ressalta a urgência do tratamento e a necessidade de conscientização sobre a condição.
O médico Nóbrega também destaca que a perda de um testículo não implica em esterilidade, mas em casos de malformações congênitas, é necessário operar ambos para evitar novas torções. Além disso, há pacientes que experimentam múltiplas torções e destorções, que também requerem acompanhamento cirúrgico, embora não em caráter de urgência.
A torção testicular é uma emergência médica que exige atenção imediata. A falta de informações e a desinformação podem levar a atrasos no tratamento, aumentando o risco de complicações. É fundamental que homens de todas as idades conheçam os sintomas e busquem ajuda médica rapidamente ao apresentarem dor intensa na região genital.
Vítimas de torção testicular podem enfrentar desafios significativos em sua recuperação. A sociedade civil pode desempenhar um papel vital ao apoiar iniciativas que promovam a conscientização e o tratamento adequado dessa condição. Juntos, podemos fazer a diferença na vida daqueles que enfrentam essa emergência de saúde.

Pesquisadores da FMRP-USP e do Instituto Curie iniciarão em 2024 um estudo clínico sobre células CAR-T para linfoma óculo-cerebral, visando transferir tecnologia ao SUS. A colaboração busca desenvolver tratamentos mais acessíveis e eficazes.

Pesquisadores dos EUA e da China revelaram que o consumo elevado de alimentos ultraprocessados pode aumentar em 2,5 vezes o risco de sinais iniciais da doença de Parkinson. O estudo, publicado na revista Neurology, destaca a importância da alimentação na saúde neurológica e sugere que esses alimentos, ricos em aditivos e conservantes, podem estar associados a sintomas como constipação e redução do olfato. A pesquisa acompanhou 43 mil profissionais de saúde ao longo de décadas, mas mais estudos são necessários para confirmar a relação de causa e efeito.

A Fundação Pró-Sangue anunciou que o estoque de sangue tipo O negativo está zerado, o que pode levar ao cancelamento de cirurgias na próxima semana. Outros tipos sanguíneos também estão em níveis críticos. Doações poderão ser feitas durante o feriado, com três postos abertos na segunda-feira, dia 21. O agendamento deve ser realizado pelo site da fundação.

Cresce o número de diagnósticos de câncer colorretal entre jovens, com obesidade e consumo de álcool como principais fatores de risco. A prevenção inclui hábitos saudáveis e exames regulares, como a colonoscopia.

A insuficiência tricúspide, uma condição cardíaca frequentemente negligenciada, foi debatida em congresso, revelando sua gravidade e a falta de tratamentos disponíveis no SUS. Especialistas alertam para os riscos de complicações severas.

Estudo da UFSCar revela que 72,5% das jovens brasileiras enfrentam sintomas vulvovaginais, como dor e corrimento, frequentemente normalizados, impactando sua qualidade de vida. A pesquisa destaca a necessidade urgente de educação em saúde íntima.