Pesquisadores da FMRP-USP e do Instituto Curie iniciarão em 2024 um estudo clínico sobre células CAR-T para linfoma óculo-cerebral, visando transferir tecnologia ao SUS. A colaboração busca desenvolver tratamentos mais acessíveis e eficazes.
Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) e do Instituto Curie, da Universidade de Ciências e Letras de Paris (PSL), iniciarão um estudo clínico em 2024 para avaliar a eficácia de células CAR-T em pacientes com linfoma óculo-cerebral. Este projeto visa a transferência de tecnologia entre as instituições, permitindo a produção de células T geneticamente modificadas para tratar esse tipo raro de câncer que afeta o sistema nervoso central.
Durante a FAPESP Week França, realizada em junho em Toulouse, o professor da FMRP-USP, Diego Clé, destacou que a colaboração permitirá que os pesquisadores franceses tragam para o Brasil versões aprimoradas das células CAR-T. O objetivo é ajudar nas fases finais do desenvolvimento e na realização do estudo clínico, com a intenção de licenciar a tecnologia para o Sistema Único de Saúde (SUS).
A terapia CAR-T, que começou a ser desenvolvida em 2017 nos Estados Unidos, envolve a modificação genética de linfócitos T dos próprios pacientes para que estes possam identificar e eliminar células tumorais. Desde 2019, a FMRP-USP, em parceria com o Instituto Butantan, tem avançado na produção dessa terapia celular no Brasil, culminando na criação do Nutera, a primeira fábrica de produtos celulares da América Latina.
Os pesquisadores afirmam que a produção nacional de células CAR-T pode reduzir os custos, que atualmente variam entre R$ 2,5 milhões e R$ 3 milhões, para um terço desse valor. Clé enfatizou a importância de tornar essa terapia acessível ao SUS, permitindo que mais pacientes tenham acesso a tratamentos inovadores.
Atualmente, as células CAR-T produzidas no Nutera são direcionadas ao tratamento de leucemia linfoide aguda e linfoma não-Hodgkin. Contudo, a plataforma tecnológica desenvolvida permite a criação de células CAR-T para outros tipos de câncer e doenças autoimunes, como a nefrite lúpica. Os pesquisadores planejam iniciar os ensaios clínicos em breve, com a expectativa de recrutar trinta pacientes diagnosticados com linfoma óculo-cerebral.
A França, pioneira na terapia CAR-T, já tratou mais de cinco mil pacientes com essa imunoterapia, enquanto o Brasil ainda conta com menos de cem. A colaboração entre os pesquisadores brasileiros e franceses é um passo importante para mudar essa realidade. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visam a pesquisa e o desenvolvimento de tratamentos inovadores, beneficiando aqueles que mais precisam.
Fernanda Machado lança livro sobre maternidade, TDPM e endometriose, buscando conscientizar sobre o transtorno que afeta muitas mulheres, mas é pouco discutido.
Pesquisadores brasileiros descobriram compostos químicos em esponjas marinhas que podem combater o parasita da malária, incluindo cepas resistentes a tratamentos tradicionais, trazendo esperança para novos tratamentos. A pesquisa, publicada na revista ACS Infectious Diseases, destaca a importância da biodiversidade brasileira e os riscos das mudanças climáticas.
Nova UBS em Santa Maria, com investimento de R$ 10,6 milhões, será entregue em abril. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) finaliza a construção da nova Unidade Básica de Saúde (UBS) em Santa Maria, que atenderá até 300 pacientes diariamente. O investimento totaliza R$ 10,6 milhões, com entrega prevista para 25 de abril, após prorrogação de 60 dias. A unidade, moderna e ampla, contará com diversas salas e serviços, promovendo um atendimento mais ágil e humanizado à comunidade.
Cerca de 39 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço são registrados anualmente no Brasil, com 80% diagnosticados em estágios avançados, comprometendo a cura. O cirurgião Rodrigo Nascimento Pinheiro enfatiza a prevenção, incluindo a vacinação contra o HPV, e alerta para a confusão de sintomas que atrasa o diagnóstico.
Pesquisadores da Universidade de Ciências da Saúde do Novo México (UNM) estão prestes a iniciar testes clínicos de uma vacina experimental contra Alzheimer, focando na proteína tau. A vacina, que já demonstrou eficácia em animais, visa prevenir a progressão da doença ao estimular uma resposta imunológica robusta.
O Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo introduziu um implante cardíaco inovador para prevenir AVC em pacientes com contraindicação ao uso de anticoagulantes, ampliando as opções de tratamento. Maria Ernestina Soares, que enfrentou complicações de saúde, foi uma das primeiras a se beneficiar do procedimento.