Saúde e Ciência

Pesquisadores da Universidade de Ciências da Saúde do Novo México avançam em vacina contra Alzheimer com foco na proteína tau

Pesquisadores da Universidade de Ciências da Saúde do Novo México (UNM) estão prestes a iniciar testes clínicos de uma vacina experimental contra Alzheimer, focando na proteína tau. A vacina, que já demonstrou eficácia em animais, visa prevenir a progressão da doença ao estimular uma resposta imunológica robusta.

Atualizado em
May 7, 2025
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Pesquisadores da Universidade de Ciências da Saúde do Novo México (UNM) estão prestes a iniciar testes clínicos em humanos de uma vacina experimental que visa a proteína tau, um dos principais agentes envolvidos na progressão da doença de Alzheimer. Este avanço representa uma nova esperança na busca por tratamentos mais eficazes para a doença, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

A pesquisa, publicada na revista Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association, demonstrou que a vacina gerou uma forte resposta imunológica em camundongos e primatas. Esses resultados indicam que a vacina pode ser segura e eficaz, o que justifica a transição para os testes clínicos em humanos.

Tradicionalmente, os tratamentos para Alzheimer focavam na proteína beta-amiloide, mas os resultados foram limitados. Agora, a atenção se volta para a proteína tau, que em sua forma anormal (hiperfosforilada) forma emaranhados neurofibrilares, um dos principais marcadores da doença. A nova vacina tem como objetivo prevenir a disseminação da tau modificada entre os neurônios, protegendo as funções cognitivas antes que o dano se torne irreversível.

A vacina utiliza uma plataforma inovadora de partículas semelhantes a vírus (VLPs), que são estruturas virais sem material genético, tornando-as inofensivas. Fragmentos da proteína tau alterada são fixados nessas partículas, induzindo o organismo a produzir anticorpos contra a versão tóxica da proteína. Em testes com animais, a vacina não apenas estimulou uma resposta imunológica robusta, mas também reduziu os emaranhados de tau no cérebro e melhorou o desempenho cognitivo dos camundongos.

Os pesquisadores da UNM estão em busca de financiamento para iniciar os ensaios clínicos de Fase 1. O protocolo prevê uma dose inicial e duas doses de reforço, sem a necessidade de adjuvantes adicionais, o que pode facilitar a aplicação em larga escala no futuro. A equipe acredita que, se a vacina se mostrar segura, os testes avançarão para avaliar sua eficácia em prevenir ou retardar o avanço da doença.

Iniciativas como essa devem ser apoiadas pela sociedade civil, pois podem trazer esperança para milhões de pessoas afetadas pelo Alzheimer. A união em torno de projetos inovadores pode fazer a diferença na luta contra essa doença devastadora, promovendo avanços que beneficiem a todos.

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