A Antártida enfrenta a segunda menor área de gelo marinho registrada, com impactos diretos na cadeia alimentar, especialmente no krill, essencial para a vida marinha. Cientistas alertam sobre a necessidade urgente de proteção.
A Antártida, um continente conhecido por suas temperaturas extremas, enfrenta uma preocupante anomalia climática. Recentemente, a região registrou a segunda menor área de gelo marinho da história, com uma redução significativa em relação à média histórica. O professor Jefferson Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), destaca que a diminuição da área congelada é um reflexo do aquecimento dos oceanos, que já impacta a geopolítica global, especialmente no Hemisfério Sul.
Dados da agência europeia Copernicus revelam que a área congelada na Antártida atingiu 1.030 quilômetros quadrados, 56% menor que a média mínima histórica de 2.390 quilômetros quadrados. Essa perda de gelo é alarmante, pois representa uma área equivalente ao tamanho do estado do Pará desaparecendo no mar. Simões alerta que muitos brasileiros não percebem a proximidade da Antártida e suas consequências diretas, como o aumento da intensidade das tempestades no Rio Grande do Sul.
A Península Antártica, uma das regiões mais afetadas pelo aquecimento, tem visto um aumento na pesca de krill, um crustáceo essencial para a cadeia alimentar local. O pesquisador Ronaldo Christofoletti, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), enfatiza que a pesca excessiva do krill compromete a sobrevivência de espécies como baleias e focas, que dependem desse alimento. Estima-se que o krill represente até 96% da ingestão calórica de várias espécies marinhas.
O estudo "Todos os olhos voltados para a Antártida", da Fundação Blue Marine, ressalta a necessidade urgente de aumentar as áreas de proteção marinha na região. A Antártida desempenha um papel crucial na regulação do clima global, influenciando não apenas o Hemisfério Sul, mas também a América do Sul, África e Oceania. O oceano Austral é vital para a distribuição de calor e nutrientes, sendo essencial para a circulação oceânica global.
O Tratado da Antártida, assinado em 1951 por cinquenta e três países, visa promover a paz e a pesquisa científica na região. Entretanto, a Comissão para Conservação dos Recursos Marinhos Vivos da Antártida tem enfrentado dificuldades em proteger os ecossistemas locais. O fechamento total do oceano Antártico à pesca de krill é considerado uma necessidade urgente por especialistas, dada a importância desse crustáceo para a vida marinha.
O Brasil, membro consultivo do tratado, mantém uma estação de pesquisa na Antártida desde mil novecentos e oitenta e quatro. O Programa Antártico Brasileiro (Proantar) busca entender as rápidas mudanças no oceano Austral, incluindo o aumento da temperatura e da acidez das águas. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a proteção do ecossistema antártico e a preservação da biodiversidade marinha, garantindo um futuro sustentável para as próximas gerações.
Pesquisadores buscam modificar geneticamente plantas para aumentar a tolerância ao calor, visando mitigar os impactos das mudanças climáticas na produção de alimentos. A edição genética pode ser crucial para garantir a segurança alimentar futura.
Um estudo recente revela que a extinção em massa do Permiano-Triássico, há 252 milhões de anos, foi exacerbada pela perda de florestas tropicais, resultando em um estado de superestufa por cinco milhões de anos. Essa pesquisa destaca a importância dos biomas tropicais para o equilíbrio climático e alerta sobre os riscos de colapsos ecológicos em resposta a mudanças climáticas rápidas.
Manaus enfrenta um impasse na gestão de resíduos sólidos, com a Marquise Ambiental pronta para operar um novo aterro, mas sem contrato com a prefeitura devido à resistência popular e localização próxima a um igarapé.
Bonito, em Mato Grosso do Sul, é o primeiro destino de ecoturismo do mundo a obter a certificação carbono neutro, promovendo passeios sustentáveis como rapel e flutuação. A iniciativa visa preservar a natureza e atrair turistas conscientes.
A Operação Asfixia desmantelou mais de 100 estruturas de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, com a participação de diversas agências de segurança. A ação resultou na apreensão de substâncias perigosas e na neutralização de duas aeronaves, impactando a logística do garimpo.
Uma faixa de instabilidade causará chuvas intensas e queda de temperatura no Brasil, com geadas no Sul. O Inmet alerta para riscos de alagamentos e danos à saúde devido ao frio.