Estudo revela que o aquecimento global no Ártico aumenta toxinas de algas nas cadeias alimentares, ameaçando a vida marinha e comunidades locais, conforme pesquisa da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA.

Um estudo recente sobre fezes de baleias no Ártico, realizado ao longo das últimas duas décadas, revelou que o aumento das temperaturas oceânicas está elevando as concentrações de toxinas de algas nas cadeias alimentares marinhas. A pesquisa, publicada na revista Nature, destaca que o aquecimento das águas do norte está seguindo tendências observadas em outras regiões e resultando em florações de algas prejudiciais a diversas espécies, incluindo os seres humanos. Kathi Lefebvre, bióloga da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), afirmou que os dados confirmam o aumento das toxinas devido às condições de aquecimento do oceano.
O estudo analisou amostras intestinais de mais de duzentas baleias abatidas anualmente entre 2004 e 2022 por comunidades locais no Alasca. Os pesquisadores encontraram níveis mais altos de toxinas em períodos de aquecimento do oceano e diminuição do gelo marinho. Essa situação pode ameaçar a vida selvagem e as fontes de alimento das comunidades nativas do Alasca, que dependem desses recursos há gerações. Além disso, outros estudos em águas do norte indicam níveis perigosos de toxinas em invertebrados marinhos, como mariscos.
As florações de algas, conhecidas como fitoplâncton, estão se tornando uma ameaça crescente em todo o mundo, especialmente nos oceanos Atlântico e Pacífico. Esses organismos estão na base da cadeia alimentar, o que significa que podem impactar todos os predadores acima deles. A bióloga Ailsa Hall, da Universidade de St Andrews, destacou que as condições oceânicas estão se tornando mais favoráveis para a proliferação de espécies tóxicas no Ártico, onde anteriormente essas florações eram mais comuns em águas mais ao sul, como na Califórnia e na Flórida.
Embora muitos dos níveis de toxinas encontrados nas amostras fecais analisadas fossem baixos, a proporção de amostras contendo toxinas era alta. O uso de baleias-da-Groenlândia como indicadores biológicos de longo prazo oferece uma visão única sobre a saúde do ecossistema. No entanto, essa pesquisa pode ser ameaçada por cortes orçamentários na NOAA, que já enfrentou reduções significativas durante a administração do presidente Donald Trump.
A ecologista Marianna Chimienti, da Universidade de Bangor, alertou que interrupções no monitoramento ambiental podem comprometer conjuntos de dados essenciais para detectar tendências climáticas. A redução dos programas científicos pode limitar a capacidade de proteger a biodiversidade e os ecossistemas, conforme evidenciado pelos dados coletados ao longo das últimas duas décadas.
Essa situação alarmante ressalta a importância de apoiar iniciativas que promovam a pesquisa e a preservação dos ecossistemas marinhos. A união da sociedade civil pode ser fundamental para garantir que projetos de monitoramento ambiental continuem, ajudando a proteger a vida marinha e as comunidades que dela dependem. Juntos, podemos fazer a diferença e contribuir para um futuro mais sustentável.

Cemaden lança questionário para avaliar a preparação de municípios para desastres climáticos. A iniciativa visa fortalecer a resposta a eventos extremos, como chuvas e secas, com prazo até 1º de julho.

O Distrito Federal enfrenta um período de seca, com temperaturas entre 24°C e 25°C e umidade que pode cair para 25%, aumentando os riscos de saúde e queimadas. A meteorologista Lady Custódio alerta sobre os perigos da baixa umidade e a necessidade de cuidados.

O governo brasileiro anunciará o "IPI Verde", que reduzirá o Imposto sobre Produtos Industrializados para veículos sustentáveis a partir de 2026, priorizando modelos populares nacionais. A medida visa descarbonizar o setor automotivo e não terá impacto fiscal.

Ibama embargou 22 áreas na APP da UHE Corumbá IV, em Goiás, por construções irregulares, registrando 21 autos de infração e notificações para apuração de mais infrações.

Entre 20 e 29 de maio de 2025, o Ibama, em colaboração com a Cetesb e a Marinha do Brasil, conduziu a Operação Inventário no Porto de Santos e Guarujá, visando aprimorar a resposta a emergências ambientais. A ação envolveu a vistoria de terminais e a verificação de estruturas para lidar com vazamentos de óleo, com a participação de equipes de diversos estados. O relatório final, que detalhará as condições encontradas, será enviado aos órgãos competentes para garantir a regularização das inadequações.

A Melhoramentos inaugurou a fábrica de embalagens sustentáveis Biona em Camanducaia (MG), com investimento de R$ 40 milhões, visando reduzir a pegada de carbono e substituir plásticos de uso único. A nova unidade produzirá até 80 milhões de embalagens compostáveis anualmente, com emissão de CO₂ 68% menor que as convencionais. A operação gerará 40 empregos diretos e reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade e inovação no setor alimentício.