Terceiro Setor

Artes marciais transformam o CEM Urso Branco em referência de inclusão e redução de conflitos sociais

Centro de Ensino Médio Urso Branco transforma vidas com o projeto Quem Luta Não Briga, que já atendeu mais de quinhentos alunos, promovendo inclusão social e redução de conflitos.

Atualizado em
April 10, 2025
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Projeto Quem Luta Não Briga atende pessoas de 15 a 60 anos da comunidade escolar | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF

O Centro de Ensino Médio (CEM) Urso Branco, localizado no Núcleo Bandeirante, tem se destacado como um agente de transformação social através das artes marciais. Desde a sua criação em 2017, o projeto Quem Luta Não Briga tem contribuído para a redução de conflitos na escola, ampliando suas modalidades e se tornando um modelo para outras instituições no Distrito Federal. Com mais de quinhentos alunos atendidos, o projeto abrange pessoas de quinze a sessenta anos, promovendo inclusão e desenvolvimento pessoal.

O diretor do CEM, Dreithe Thiago Ribeiro, destaca que a comunidade enfrentava muitos conflitos, especialmente entre regiões próximas, que se refletiam no ambiente escolar. A iniciativa começou com aulas de jiu-jítsu e seis placas de tatame, mas atualmente conta com um centro de lutas bem equipado, oferecendo boxe, caratê, muay thai, judô, treino funcional e pilates. O supervisor pedagógico, Eronildo Santiago, enfatiza que muitos alunos se tornaram campeões e conseguiram superar situações de violência doméstica, além de melhorarem seu desempenho escolar.

O projeto também é um exemplo de inclusão social, pois alunos sem condições financeiras recebem doações de equipamentos. Santiago afirma que todos têm a oportunidade de treinar, independentemente de sua situação econômica. Entre os instrutores voluntários, destaca-se o mestre de caratê Olivério Fernandes Borges, que, aos setenta e quatro anos, simboliza o compromisso com a educação e o desenvolvimento dos jovens ao longo da história da instituição.

Um dos alunos, que não pode ser identificado, compartilha que, ao praticar caratê, aprendeu a se controlar melhor e a confiar mais em si mesmo. O projeto o ensinou que ser forte não é brigar, mas saber quando evitar conflitos. O diretor Dreithe também menciona novos desafios, como o cyberbullying, que se intensificou com o uso de dispositivos digitais. Ele recomenda que os pais fiquem atentos ao comportamento dos filhos nas redes sociais.

O sucesso do Quem Luta Não Briga já inspirou iniciativas semelhantes em outras escolas da rede pública do DF, mostrando como projetos inovadores podem transformar não apenas as instituições, mas também as comunidades. Várias faculdades têm visitado o projeto para estudá-lo como um caso de sucesso em intervenção socioeducativa. Às vésperas de completar uma década, o projeto continua ativo, oferecendo uma alternativa constante para jovens e adultos, mesmo durante as férias escolares.

Iniciativas como essa merecem ser apoiadas pela sociedade civil, pois têm o potencial de impactar positivamente a vida de muitos. A união em torno de projetos sociais pode proporcionar recursos e oportunidades para aqueles que mais precisam, ajudando a construir um futuro melhor para a comunidade.

Agência Brasilia
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