Apenas 52% dos jovens brasileiros de 19 a 24 anos completaram o ensino fundamental na idade certa, revelando desigualdades socioeconômicas e étnicas alarmantes, segundo a Fundação Itaú.
Apenas cinquenta e dois por cento dos jovens brasileiros entre dezenove e vinte e quatro anos completaram o ensino fundamental na idade correta, e apenas quarenta e um por cento finalizaram o ensino médio no período esperado, segundo pesquisa da Fundação Itaú. Esse atraso na educação gera vulnerabilidades sociais e limita as oportunidades de desenvolvimento para esses jovens, além de evidenciar a ineficiência dos investimentos públicos em educação, conforme aponta Patricia Mota Guedes, superintendente do Itaú Social.
Guedes destaca que o abandono escolar não é apenas resultado de questões financeiras ou da necessidade de trabalhar. A pesquisa revelou que dificuldades de aprendizagem e a falta de vínculo com a escola são fatores significativos. Ela afirma que é essencial entender por que a experiência escolar é desafiadora para muitos adolescentes, que frequentemente veem o trabalho como uma opção mais atrativa.
Os dados mostram que a trajetória escolar é significativamente melhor para estudantes de classes socioeconômicas mais altas. Enquanto setenta por cento dos alunos desse grupo apresentam trajetórias regulares, apenas trinta e oito por cento dos estudantes de regiões mais pobres conseguem completar o ensino fundamental na idade adequada. A desigualdade é ainda mais acentuada entre grupos étnicos, com estudantes negros e indígenas apresentando taxas de regularidade muito inferiores às dos brancos.
Em relação ao gênero, os meninos de escolas de menor nível socioeconômico enfrentam desafios ainda maiores. Aproximadamente quarenta e seis por cento dos meninos têm trajetórias regulares de nove anos, em comparação com cinquenta e oito por cento das meninas. Além disso, apenas vinte e dois por cento dos estudantes com deficiência têm trajetória regular, enquanto mais da metade apresenta irregularidades significativas.
Para mitigar a evasão escolar no ensino médio, o governo federal lançou o programa Pé-de-Meia. No entanto, Guedes acredita que essa iniciativa pode não ter o mesmo impacto no ensino fundamental, sugerindo a necessidade de mais estudos sobre a eficácia do programa para essa faixa etária. Ela ressalta que o incentivo financeiro, por si só, não resolve a questão da irregularidade na trajetória educacional, pois é fundamental transformar a experiência escolar em algo positivo e produtivo.
O estudo, que analisou dados do Banco Longitudinal do Censo Escolar, revela a urgência de ações que promovam a permanência e a qualidade na educação. Em um país com tantas desigualdades, a mobilização da sociedade civil é crucial para enfrentar esses desafios. A união pode ser um caminho para apoiar iniciativas que visem melhorar a trajetória educacional dos jovens, garantindo que todos tenham acesso a uma educação de qualidade e oportunidades justas.
Mais de 130 residentes dos Programas de Residência em Áreas Profissionais da Saúde da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) se formaram em evento emocionante na Câmara Legislativa. A vice-governadora Celina Leão e outros representantes destacaram a importância da qualificação para o Sistema Único de Saúde (SUS) e o impacto positivo na sociedade.
Censo Escolar 2024 revela queda de 300 mil matrículas na Educação Básica, mas aumento de 113 mil no Ensino Médio. MEC destaca desafios e avanços em tempo integral e creches.
Estão abertas as inscrições para 263 vagas em 13 cursos gratuitos de férias na Universidade Federal Fluminense (UFF), no campus de Nova Friburgo, de 14 a 25 de julho. As inscrições vão até 18 de junho.
A Comissão Especial do Plano Nacional de Educação, liderada por Hugo Motta, busca ouvir a sociedade para criar um plano com metas claras até julho, visando transformar a educação no Brasil. A urgência é evidente, com dados alarmantes sobre alfabetização e evasão escolar.
O MEC reafirma que 50% das aulas de formação de professores devem ser presenciais, apesar do novo decreto do presidente Lula que permite até 30% de aulas presenciais em cursos semipresenciais. A revisão das diretrizes é esperada em dois anos.
Instituições de prestígio, como USP e Unicamp, oferecem cursos online gratuitos na Coursera. A iniciativa amplia o acesso à educação de qualidade, permitindo que qualquer pessoa aprenda sem custos.