Estudo revela 17 fatores de risco e proteção para demência, AVC e depressão. Pesquisadores destacam que até 80% dos casos são influenciados por hábitos modificáveis.

Os distúrbios neurológicos, como demências, acidente vascular cerebral (AVC) e depressão de início tardio, são as principais causas de incapacidade global, com aumento previsto devido ao envelhecimento da população. Um novo estudo realizado por pesquisadores do Mass General Brigham (MGM) e publicado na revista Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry identificou 17 fatores de risco e protetores associados a essas condições. A pesquisa revela que até 80% dos casos de AVC, 45% de demência e 35% de depressão do idoso podem ser influenciados por fatores modificáveis.
O professor Giancarlo Logroscino, do Departamento de Neurologia Clínica da Universidade de Bari Aldo Moro, destacou que, apesar dos avanços nas terapias, os tratamentos farmacológicos ainda não são suficientes para enfrentar a crescente prevalência dessas doenças. O autor principal do estudo, Jasper Senff, enfatizou que a genética é um importante preditor, mas não é uma sentença definitiva. Melhorias nos comportamentos de saúde podem reduzir significativamente o risco de desenvolver essas doenças.
O estudo também utilizou o McCance Center Brain Care Score, uma ferramenta que avalia a saúde cerebral com base em fatores de estilo de vida. Os pesquisadores observaram que melhorias nessa pontuação estão associadas a uma redução do risco, mesmo em indivíduos geneticamente predispostos, como aqueles com variantes do gene APOE, que aumentam o risco de Alzheimer. Essa ferramenta está sendo adaptada para uso em diversos países, incluindo o Brasil.
A pesquisa analisou 59 publicações, incluindo metanálises e estudos observacionais, para identificar os 17 fatores de risco e protetores. Entre os fatores de risco, a hipertensão e a doença renal mostraram o maior impacto na incidência das doenças, enquanto a prática de exercícios e a atividade cognitiva foram associadas a um menor risco. Contudo, os pesquisadores alertam que as associações ainda precisam ser melhor compreendidas, especialmente em relação à demência e à depressão de início tardio.
Especialistas elogiaram a qualidade do estudo, que oferece insights valiosos sobre a interconexão entre essas doenças. A neurologista Gisele Sampaio destacou que a abordagem conjunta das condições pode facilitar estratégias de prevenção. Os pesquisadores afirmam que as três doenças compartilham uma fisiopatologia comum, relacionada à saúde vascular, o que reforça a importância de abordar os fatores de risco de maneira integrada.
Embora a identificação dos fatores de risco seja um passo importante, a implementação de mudanças efetivas no estilo de vida é um desafio. A hipertensão, por exemplo, afeta quase metade dos adultos, mas muitos não estão cientes de sua condição. A mobilização da sociedade civil é crucial para promover a conscientização e o acesso a recursos que ajudem a prevenir essas doenças. A união em torno de iniciativas que visem melhorar a saúde cerebral pode fazer uma diferença significativa na vida de muitos.

Sabrina Sato compartilhou suas experiências com duas perdas gestacionais, abordando o tabu do aborto espontâneo. Com o apoio do especialista Rodrigo Rosa, discutiu causas e tratamentos, destacando a Fertilização In Vitro como uma opção eficaz.

O programa "O câncer não espera. O GDF também não" reduziu o tempo de espera para consultas oncológicas de 75 para 51 dias e aumentou a capacidade de atendimento no Hospital Regional de Taguatinga. O secretário de Saúde, Juracy Lacerda, destacou a importância do diagnóstico precoce e do tratamento ágil, prevendo a normalização da lista de espera em três meses.

Especialistas alertam sobre sete sinais de saúde que não devem ser ignorados, como cansaço excessivo e mudanças de humor, que podem indicar problemas subjacentes. Ignorar esses sintomas pode atrasar diagnósticos e comprometer a qualidade de vida.

Estudo da Universidade do Arizona revela aumento da cardiomiopatia de takotsubo, com mortalidade de 11,2% em homens e 5,5% em mulheres, destacando a necessidade de maior conscientização e tratamento eficaz.

O 11º Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e Osteometabolismo (Bradoo) discutirá a importância de exercícios para idosos com sarcopenia, enfatizando a combinação de atividades aeróbicas e de resistência. O evento ocorrerá de 21 a 24 de agosto em Brasília, reunindo especialistas que abordarão práticas para melhorar a saúde física e mental dessa população.

Intervenções de inteligência artificial (IA) podem aumentar em até 50% as taxas de sucesso na cessação do tabagismo, conforme estudos apresentados em Dublin. Apenas 33% dos países oferecem suporte a fumantes.