Aumento no uso de vapes entre adultos brasileiros gera preocupação. Em 2024, 2,6% da população adulta utiliza esses dispositivos, com alta de 24% em um ano, exigindo fiscalização rigorosa.
O aumento no uso de cigarros eletrônicos no Brasil acende um alerta entre as autoridades de saúde. Em 2024, dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que 2,6% dos adultos brasileiros, o que equivale a quatro milhões de pessoas, utilizam vapes, representando uma alta de 24% em relação ao ano anterior. Este é o maior percentual desde o início da série histórica em 2019, e a preocupação é ainda maior entre os jovens, que são alvos preferenciais da indústria tabagista.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, em abril do ano passado, manter a proibição da venda de vapes, que está em vigor desde 2009. Essa resolução proíbe a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento e transporte desses dispositivos, além de qualquer forma de propaganda. No entanto, a venda clandestina persiste, evidenciando a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa.
A indústria tabagista tenta apresentar os vapes como uma alternativa menos nociva ao cigarro convencional. Contudo, a Associação Médica Brasileira alerta que a carga de um único dispositivo pode ser equivalente a 20 cigarros tradicionais. O médico João Paulo Becker Lotufo, coordenador do ambulatório antitabágico do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), destaca que os sabores e a ausência de cheiro tornam os vapes mais atraentes, mas também mais perigosos devido à alta concentração de nicotina e a presença de substâncias desconhecidas.
O tabagismo é responsável por cerca de 477 mortes diárias no Brasil, totalizando aproximadamente 174 mil por ano, segundo o Inca. Além disso, o fumo passivo contribui para cerca de 20 mil mortes anuais, resultando em um custo social de R$ 154 bilhões por ano, que inclui despesas médicas e perdas econômicas devido a mortes prematuras. Em 2023, 11,6% da população brasileira se identificou como fumante, uma queda significativa em relação a anos anteriores.
O Brasil é reconhecido por suas políticas eficazes na redução do tabagismo, mas a crescente popularidade dos cigarros eletrônicos pode comprometer essas conquistas. É essencial que as autoridades não apenas estabeleçam legislações rigorosas, mas também implementem ações efetivas para combater a venda clandestina e aumentar a conscientização sobre os riscos associados ao uso de vapes.
Para enfrentar essa situação, é fundamental que a sociedade civil se mobilize em apoio a iniciativas que promovam a saúde pública e a educação sobre os riscos do tabagismo. Projetos que visem conscientizar a população e apoiar as vítimas do tabagismo podem fazer uma diferença significativa na luta contra essa epidemia.
A doença de Alzheimer, que afeta 60% dos casos de demência no Brasil, tem novos tratamentos promissores, como donanemab e lecanemab, além de um spray nasal em desenvolvimento para combater a proteína tau.
A vacinação contra a nova variante da Covid-19, JN.1, no Rio de Janeiro, será ampliada para pessoas a partir de 60 anos a partir de sexta-feira (11). A Secretaria Municipal de Saúde destaca a importância de manter a imunização em dia, incluindo vacinas contra influenza, febre amarela e sarampo, para reduzir riscos à saúde.
O Governo do Distrito Federal propõe a criação da bolsa Promed, que pagará R$ 7.536 a residentes em medicina de família e comunidade, visando fortalecer essa especialidade na saúde local. A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Saúde, busca priorizar a formação nessa área essencial, reconhecendo unidades de saúde como escolas de formação.
Mamas densas podem quadruplicar o risco de câncer de mama, dificultando a detecção precoce em mamografias. Especialistas alertam sobre a importância de exames complementares e hábitos saudáveis para mitigar riscos.
A Anvisa aprovou a vacina contra chikungunya, desenvolvida pelo Butantan e Valneva, para adultos. O imunizante, já aprovado nos EUA e na UE, será adaptado para o SUS, priorizando regiões endêmicas.
Modelo e apresentadora Carol Ribeiro, aos 43 anos, foi diagnosticada com esclerose múltipla após sintomas como confusão mental e cansaço extremo. Ela destaca a importância de ouvir o corpo.