A pesquisa da ACBG Brasil e UFSC revela que a espera por tratamento cirúrgico para câncer de cabeça e pescoço pode chegar a seis meses em algumas regiões do Brasil, destacando desigualdades no acesso à saúde. A falta de profissionais capacitados e recursos adequados compromete a qualidade de vida e a sobrevivência dos pacientes.

No Brasil, a localização do paciente influencia diretamente suas chances de tratamento para câncer de cabeça e pescoço. Essa é uma das conclusões de uma pesquisa da Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço (ACBG Brasil) em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que entrevistou cento e setenta e três profissionais de saúde de diversas regiões. Em estados como Alagoas, Ceará, Paraíba e Tocantins, a espera por tratamento cirúrgico pode chegar a seis meses, enquanto em Minas Gerais e Sergipe, esse tempo é inferior a três meses.
Os dados revelam uma realidade alarmante para quem necessita de diagnóstico, tratamento e reabilitação. As desigualdades regionais, a escassez de profissionais qualificados e os obstáculos do sistema público comprometem a qualidade de vida e a sobrevivência dos pacientes. A experiência de Melissa Medeiros, sobrevivente de câncer de laringe, ilustra essa situação. Ela relata que seu diagnóstico tardio resultou em um tratamento mais invasivo e sequelas permanentes que afetam sua fala, respiração e alimentação.
A pesquisa destaca que a maioria dos pacientes enfrenta longas esperas para a primeira consulta com cirurgiões especializados, muitas vezes quando a doença já está em estágios avançados. Setenta por cento dos cirurgiões entrevistados relataram filas de espera para cirurgias, com um tempo médio que varia de trinta a cento e oitenta dias. Além disso, a espera por radioiodoterapia pode chegar a cento e quatorze dias após a cirurgia de tireoide.
Os profissionais de enfermagem, fonoaudiologia e odontologia, essenciais para a reabilitação, frequentemente não possuem a capacitação necessária para atender pacientes com câncer de cabeça e pescoço. A falta de recursos e a ausência de uma estrutura adequada dificultam o cuidado integral e digno, que inclui desde exames básicos até a disponibilização de próteses e terapias de reabilitação.
Julho foi marcado pela campanha nacional Julho Verde, que abordou a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço. Em agosto, a mobilização continua com o Agosto Branco, focando no câncer de pulmão. Ambas as campanhas ressaltam fatores de risco comuns, como o tabagismo em suas diversas formas. A prevenção de doenças graves como o câncer deve ser um compromisso contínuo, que vai além de campanhas temporárias.
É fundamental que a sociedade se una para garantir que todos tenham acesso a cuidados adequados e no tempo certo. A luta contra a desigualdade no tratamento do câncer é uma responsabilidade coletiva. A união da sociedade pode fazer a diferença na vida de muitos que enfrentam essa doença, promovendo iniciativas que ajudem a garantir um tratamento digno e eficaz para todos.

A WideLabs desenvolve o Baby Minder, um móbile de berço com IA que detecta movimentos de bebês para identificar precocemente condições neurológicas. Apoiado pela Eurofarma, o dispositivo visa melhorar o acesso a diagnósticos no Brasil.

Neste sábado (10), a Bahia realiza o Dia D de vacinação contra a gripe, com mais de 85% dos municípios participando. A meta é vacinar 3,6 milhões de pessoas, incluindo grupos prioritários.

A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou a criação de uma base nacional de dados sobre atendimentos de transtornos alimentares no SUS, visando melhorar a atenção e os direitos dos pacientes. A proposta, liderada pela deputada Rosangela Moro, não prevê notificação compulsória, mas busca orientar políticas de saúde com dados confiáveis. O texto ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça e pelo Senado para se tornar lei.

O Hospital Angelina Caron, em Curitiba, inicia a cirurgia cardíaca robótica com o robô Da Vinci X, liderada pelo especialista Rodrigo Ribeiro de Souza, visando recuperação mais rápida e menos dor aos pacientes.

Inteligência Artificial promete revolucionar diagnósticos neurológicos no SUS. A tecnologia pode reduzir a subjetividade e acelerar a análise de exames, beneficiando milhões que aguardam atendimento.

Musculação reduz sintomas de depressão e ansiedade em idosos, segundo pesquisa brasileira. Recomenda-se três sessões semanais para melhores resultados na saúde mental.