Em 2024, o Brasil registrou 1.492 feminicídios, um aumento de 0,7% em relação ao ano anterior, evidenciando falhas nas políticas de prevenção e proteção às mulheres. Especialistas alertam para a necessidade urgente de ações efetivas.
A Lei Maria da Penha, que completou dezenove anos em agosto, é considerada uma das mais avançadas do mundo no combate à violência contra a mulher. Em 2024, o Brasil registrou um total de 1.492 feminicídios, um aumento de 0,7% em relação ao ano anterior, e 3.870 tentativas de feminicídio. Esses números refletem a crescente visibilidade do tema, mas também evidenciam falhas nas políticas de prevenção, uma vez que o país continua a enfrentar altos índices de violência de gênero.
Os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostram que, apesar da redução de 5,4% nas mortes violentas intencionais, os feminicídios aumentaram pelo quinto ano consecutivo. Especialistas apontam que esse crescimento é resultado de uma maior atenção às motivações de gênero nos crimes, que antes eram frequentemente classificados como homicídios comuns. A pesquisa revela que dois terços das vítimas eram negras e que a maioria dos assassinatos ocorreu dentro de casa, com os agressores sendo, em sua maioria, parceiros ou ex-companheiros.
O anuário do FBSP também destaca que, de janeiro a julho de 2024, o canal Ligue 180 registrou 594 mil atendimentos, incluindo 86 mil denúncias de violência física. A secretária nacional de Enfrentamento à Violência, Estela Bezerra, enfatiza a necessidade de um suporte efetivo do Estado para as vítimas, que muitas vezes se veem obrigadas a retornar aos agressores devido à dependência financeira e à falta de recursos. A proteção das mulheres deve ser uma prioridade, com medidas que garantam sua segurança e autonomia.
Recentemente, a Operação Shamar foi lançada pelo governo federal, resultando na prisão de 387 autores de feminicídio e na concessão de mais de 300 medidas protetivas em apenas seis dias. Essa ação faz parte da campanha Agosto Lilás, que visa aumentar a conscientização sobre a violência contra a mulher. No entanto, a secretária Bezerra alerta que a prevenção deve ser o foco, já que muitas mulheres enfrentam múltiplas formas de violência antes de chegar ao feminicídio.
O cenário é alarmante, com um aumento significativo nos casos de violência psicológica e descumprimento de medidas protetivas. A falta de recursos e a infraestrutura inadequada em muitas cidades dificultam a proteção das mulheres. A advogada Sueli Amoêdo destaca que a ausência de delegacias 24 horas e de atendimento especializado é um dos principais obstáculos para a efetividade das leis existentes. A formação de profissionais que atendem mulheres vítimas de violência também é uma questão crítica que precisa ser abordada.
Para enfrentar essa situação, é essencial que a sociedade civil se mobilize em apoio a iniciativas que promovam a segurança e o bem-estar das mulheres. Projetos que visem oferecer suporte às vítimas e que promovam a educação sobre a violência de gênero podem fazer uma diferença significativa. A união em torno dessas causas é fundamental para garantir que as mulheres tenham acesso à proteção e aos recursos necessários para reconstruir suas vidas.
Santa Catarina se destaca na ressocialização de detentos, com trinta por cento da população carcerária em trabalho remunerado. O governo planeja expandir parcerias e construir um novo complexo prisional em Blumenau.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, estabeleceu um prazo de 60 dias para que o Ministério dos Povos Indígenas prepare o povo Cinta Larga para uma escuta sobre mineração em suas terras. Essa é a primeira vez que povos indígenas serão ouvidos diretamente em seu território durante um processo do STF, abordando a autorização de atividades mineradoras em áreas ao redor e dentro de suas terras, com foco no respeito ambiental e no bem-estar da comunidade.
O livro "Clara Pandolfo: uma cientista da Amazônia", de Murilo Fiuza de Melo, será lançado em setembro em Belém, ressaltando a importância de Clara na preservação da Amazônia e no manejo sustentável. A obra destaca como, em 1973, Clara idealizou o uso de imagens de satélite para monitorar o desmatamento, defendendo políticas que priorizassem a floresta e a renda local, desafiando a visão agropecuária da época. Suas ideias, esquecidas por décadas, foram parcialmente resgatadas em 2006 com a Lei de Gestão de Florestas Públicas.
O Brasil enfrenta extremos climáticos, com geadas no Sul e calor intenso no Centro-Oeste e Nordeste. Produtores adotam fisioativadores para mitigar os impactos adversos nas lavouras.
A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que visa proteger crianças e adolescentes nas redes sociais, retornando ao Senado para nova análise. O texto impõe obrigações rigorosas aos provedores, incluindo a vinculação a responsáveis e a remoção de conteúdos abusivos, com multas que podem chegar a R$ 50 milhões. As empresas devem também comunicar autoridades sobre conteúdos de abuso e disponibilizar mecanismos de denúncia. A lei busca garantir um ambiente digital seguro para os jovens, limitando o acesso a conteúdos inadequados e promovendo a supervisão parental.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o governador Clécio Luís destacaram a relevância do Amapá na Estratégia Brasil 2050, abordando diversificação energética e desenvolvimento sustentável. O evento em Macapá promoveu um debate sobre o futuro do país, enfatizando a importância do planejamento a longo prazo para enfrentar desigualdades e promover um desenvolvimento mais justo e sustentável.