A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) propôs uma PEC para renomear a Câmara dos Deputados para "Câmara dos Deputados e das Deputadas", visando combater a invisibilidade feminina na política. A mudança, que reflete séculos de exclusão, será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça antes de votação.

A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa renomear a Câmara dos Deputados para "Câmara dos Deputados e das Deputadas". A proposta tem como objetivo reconhecer a presença feminina no legislativo e combater a invisibilidade histórica das mulheres na política brasileira. Atualmente, as mulheres ocupam apenas noventa e uma cadeiras na Câmara, o que equivale a 17,7% das quinhentas e treze vagas disponíveis.
A justificativa da PEC destaca que a linguagem masculina predominante na política reflete séculos de exclusão. O texto ressalta que o Brasil só permitiu o voto feminino a partir de mil novecentos e trinta e dois e que a primeira deputada federal, Carlota Pereira de Queirós, foi eleita em mil novecentos e trinta e quatro. Atualmente, o Brasil ocupa a centésima trigésima terceira posição no ranking global de representação feminina em parlamentos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A proposta de Célia Xakriabá segue o exemplo de países como o Chile, que adotou a denominação "Cámara de Diputadas y Diputados". Antes de ser votada no plenário, a PEC passará pela análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se aprovada, a mudança entrará em vigor imediatamente, marcando um passo significativo na luta pela igualdade de gênero na política.
A deputada afirmou: "Democracia sem mulheres é democracia pela metade. Esta PEC é um passo para reparar séculos de exclusão." Ela também mencionou que, até recentemente, não havia banheiros femininos próximos ao plenário, evidenciando a necessidade de uma mudança cultural e estrutural na Câmara.
Célia Xakriabá destacou que a proposta não altera as competências da Casa, mas possui um "alcance cultural e pedagógico", enfatizando a importância da representação feminina como parte essencial da democracia. Essa iniciativa pode inspirar outras ações que busquem promover a inclusão e a igualdade de gênero em diferentes esferas da sociedade.
Iniciativas como a proposta de Célia Xakriabá devem ser apoiadas e estimuladas pela sociedade civil. A união em torno de causas que promovem a igualdade de gênero pode gerar um impacto significativo na construção de um ambiente político mais justo e representativo.

A presidente da Anadep, Fernanda Fernandes, destacou a campanha Justiça Climática, que conecta direitos humanos e meio ambiente, em entrevista sobre o acesso à Justiça no Brasil, que abrange apenas 52% das comarcas.

Lívia Gueissaz, influenciadora de moda, vivenciou práticas ancestrais com mulheres Guajajara no Festival do Mel, promovido pela ministra Sonia Guajajara, destacando a conexão espiritual com a floresta. A experiência, sem registros, foi um profundo aprendizado sobre escuta e respeito à cultura indígena.

Crianças e adolescentes são as principais vítimas de estupro no Brasil, com 78% dos casos registrados em 2024 envolvendo menores de 17 anos, principalmente em residências. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 revela a gravidade da violência sexual intrafamiliar, enraizada em uma cultura patriarcal. Especialistas destacam a necessidade de educação e conscientização para prevenir esses abusos.

O Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta sérios desafios, como subfinanciamento e má gestão, com apenas 4,4% do Orçamento da União destinado à saúde em 2024, impactando a eficiência dos serviços.

O programa Caminhos da Inclusão, em Minas Gerais, facilita a venda de produtos da agricultura familiar na Ceasa, beneficiando pequenos produtores e promovendo a regularização sanitária. A iniciativa já cadastrou mais de cem agricultores e visa aumentar o acesso a mercados, melhorando a saúde e a sustentabilidade.

Levantamento do Ibross, em parceria com o Instituto Ética Saúde e a Organização Nacional de Acreditação, mostra que 68,9% dos serviços de saúde do SUS geridos por Organizações Sociais possuem acreditação, refletindo melhorias na qualidade e segurança.