A morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, por câncer colorretal, ressalta a urgência do diagnóstico precoce. O oncologista Ramon Andrade de Mello destaca a biópsia líquida como inovação crucial na detecção da doença.
A morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, em decorrência de um câncer colorretal, trouxe à tona a urgência do diagnóstico precoce dessa doença, que é uma das mais prevalentes no Brasil. Preta enfrentava o adenocarcinoma intestinal há mais de dois anos e só recebeu o diagnóstico após ser hospitalizada devido a desconforto abdominal. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, até 2025, o Brasil terá mais de 45 mil novos casos desse tipo de câncer anualmente.
O oncologista Ramon Andrade de Mello, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, explica que o câncer colorretal inclui neoplasias do intestino grosso, como o câncer de cólon e o de reto. O sucesso do tratamento depende do estágio da doença no momento do diagnóstico. Segundo ele, a doença é curável, especialmente quando identificada em estágios iniciais, aumentando significativamente as chances de recuperação.
Uma inovação que pode facilitar diagnósticos precoces é a biópsia líquida, um exame que permite a detecção de fragmentos de DNA tumoral ou células tumorais circulantes (CTCs) através de uma simples coleta de sangue. Esse método é especialmente útil quando exames tradicionais não mostram alterações ou quando uma biópsia convencional apresenta riscos ao paciente. A biópsia líquida pode identificar alterações genéticas antes que lesões visíveis apareçam.
Ramon destaca que a biópsia líquida é uma ferramenta poderosa na detecção precoce do câncer. Ele afirma que, quanto mais cedo o tratamento é iniciado, maior é a expectativa de sobrevida. Além disso, essa tecnologia também auxilia no monitoramento da evolução da doença e na personalização do tratamento, especialmente em terapias-alvo e imunoterapias, com uma taxa de eficácia próxima de noventa e dois por cento.
Os fatores de risco para o câncer colorretal incluem obesidade, dieta rica em alimentos ultraprocessados, sedentarismo e idade avançada. O oncologista alerta que, a partir dos 50 anos, o risco aumenta consideravelmente, tornando essencial a realização de exames regulares, como a pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopias periódicas.
O tratamento varia conforme o tipo e a extensão do tumor, podendo incluir quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Nos casos avançados, o tratamento é sistêmico e pode durar de quatro meses a mais de cinco anos. A compreensão da biologia molecular do tumor é fundamental para personalizar o tratamento. Em situações como essa, a união da sociedade pode fazer a diferença, apoiando iniciativas que promovam a conscientização e o acesso a diagnósticos precoces.
A Câmara dos Deputados aprovou a inclusão da adrenalina autoinjetável no SUS, visando tratar anafilaxia em locais com grande circulação de pessoas, mediante laudo médico. A proposta ainda precisa passar por mais comissões antes de se tornar lei.
Giovana Cordeiro, atriz de Dona de Mim, revelou ter sofrido abuso sexual aos 18 anos, resultando em problemas de saúde, como candidíase. Ela destaca a importância de discutir saúde íntima e a cura coletiva.
O Ministério da Saúde iniciou a distribuição gratuita de camisinhas fina e texturizada, visando aumentar o uso entre os jovens e prevenir ISTs. A expectativa é distribuir 400 milhões de unidades.
Estudo recente na revista Nature apresenta uma artrocentese modificada para tratar a disfunção temporomandibular (DTM), mostrando eficácia na redução de estágios degenerativos da articulação temporomandibular (ATM). O método minimamente invasivo, realizado em Belo Horizonte, promete melhor recuperação e menos complicações.
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