Roger Chammas, oncologista e diretor do Icesp, enfatiza a urgência da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer no Brasil, destacando entraves na incorporação de novas terapias no SUS. O aumento de diagnósticos em estágios avançados exige ações imediatas na saúde pública.
O câncer no Brasil é uma preocupação crescente, com um aumento significativo de diagnósticos em estágios avançados. Roger Chammas, oncologista e diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), enfatiza que a prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais para melhorar os resultados do tratamento. Ele também destaca os desafios enfrentados na incorporação de novas terapias no Sistema Único de Saúde (SUS), como custos elevados e a necessidade de alinhar pesquisas às demandas da saúde pública.
Chammas, que preside a 16ª edição do Prêmio Octavio Frias de Oliveira, ressalta que, sem medidas eficazes de prevenção e diagnóstico, mesmo as terapias mais avançadas não conseguem alterar o cenário do câncer no país. Dados do Ministério da Saúde indicam que a taxa de pacientes que inicia tratamento com tumores localmente avançados aumentou de cinquenta e três por cento em dois mil e oito para sessenta e dois por cento em dois mil e vinte e um.
O oncologista explica que a conscientização sobre a prevenção é crucial para promover diagnósticos mais precoces. Ele menciona a importância da capacitação de profissionais de saúde, como dentistas, para identificar lesões precoces, especialmente no câncer de cabeça e pescoço, que apresenta alta incidência no Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que o país é um dos que mais registra casos dessa doença no mundo.
Um estudo do Inca, publicado na revista The Lancet Regional Health Americas, revelou que cerca de oitenta por cento dos tumores diagnosticados entre dois mil e dois mil e dezessete foram identificados em estágios avançados. Chammas destaca que iniciativas para diagnóstico precoce já estão em andamento, como campanhas de conscientização e programas de rastreamento, mas muitos pacientes ainda buscam tratamentos inovadores no exterior, como imunoterapia.
Ele alerta que muitos desses tratamentos ainda são experimentais e podem não ter eficácia comprovada. O oncologista enfatiza que o controle do câncer é uma corrida entre a evolução da doença e o avanço do conhecimento. Quando a doença progride, as opções de tratamento diminuem, levando pacientes a buscar alternativas fora do Brasil.
Embora o Brasil tenha um bom potencial para pesquisa clínica, a incorporação de novos tratamentos na saúde pública enfrenta barreiras. Chammas acredita que a organização e a articulação entre as agências de pesquisa e a saúde pública são fundamentais. A união da sociedade civil pode ser um motor para impulsionar iniciativas que melhorem o diagnóstico e o tratamento do câncer, beneficiando aqueles que mais precisam.
Avanços em neurocirurgia, como a estimulação cerebral profunda, oferecem novas esperanças para pacientes com doença de Parkinson, aliviando sintomas motores e melhorando a qualidade de vida. A Casa de Saúde São José destaca-se nesse tratamento.
Pesquisas do Instituto de Ciências Biomédicas da USP revelam que a malária em áreas urbanas da Amazônia é majoritariamente assintomática, dificultando o diagnóstico e exigindo novas estratégias de vigilância. Estudos em Mâncio Lima e Vila Assis Brasil mostram que métodos moleculares detectam até dez vezes mais infecções que a microscopia, evidenciando a necessidade de ações direcionadas para eliminar a doença no Brasil.
Pesquisadores da Universidade de Ciências da Saúde do Novo México iniciam testes clínicos de uma vacina experimental contra o Alzheimer, focando na proteína tau, com resultados promissores em animais. Essa abordagem inovadora visa bloquear a propagação da tau tóxica, oferecendo esperança para milhões afetados pela doença.
O Rio de Janeiro enfrenta um aumento de 164% nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave, com ênfase no rinovírus e no vírus sincicial respiratório, afetando crianças e idosos. Especialistas alertam para a necessidade de vacinação e uso de máscaras para conter a propagação.
Inaugurado o Centro de Apoio Biopsicossocial no DF, com investimento de R$ 3 milhões. O espaço inédito no Brasil visa promover a saúde mental e física dos servidores de segurança pública, com planos de expansão.
A Anvisa aprovou o donanemabe, primeiro tratamento que remove placas amiloides em Alzheimer. O medicamento, da Eli Lilly, promete retardar o declínio clínico em pacientes com Alzheimer sintomático inicial, oferecendo esperança a muitos.