Sobreviventes de câncer pediátrico na América Latina enfrentam sérias complicações físicas e mentais, com apenas um terço realizando exames regulares. Estudo destaca a urgência de acompanhamento estruturado e políticas públicas eficazes.
A América Latina enfrenta desafios significativos no acompanhamento de sobreviventes de câncer pediátrico, com um estudo recente revelando que apenas um terço desses indivíduos realiza exames regulares. A pesquisa, publicada no periódico Pediatric Blood & Cancer, destaca a alta prevalência de problemas de saúde mental e complicações físicas, além da urgência de um acompanhamento estruturado. A Dra. Liliana Vásquez, oncologista pediátrica e responsável técnica por câncer infantil na Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), enfatiza a necessidade de intervenções direcionadas.
O estudo envolveu cento e trinta e cinco adultos, com média de idade de vinte e seis anos, que sobreviveram ao câncer infantil em dezesseis países da América Latina. A maioria dos participantes foi diagnosticada antes dos quinze anos, sendo as neoplasias malignas mais comuns a leucemia, o linfoma e os tumores ósseos. Entre as complicações tardias, destacam-se doenças psiquiátricas, distúrbios endócrinos e problemas cardiovasculares, além de dificuldades neurocognitivas.
Na esfera da saúde mental, mais da metade dos participantes relatou ansiedade, enquanto uma porcentagem significativa também mencionou depressão e estresse pós-traumático. As complicações físicas mais frequentes incluem infertilidade, obesidade e problemas de memória. Apesar de muitos estarem cientes das complicações que podem surgir após a recuperação, apenas um terço compareceu a consultas médicas regulares, o que pode ser atribuído à falta de programas de apoio e disparidades no acesso a cuidados médicos.
A Dra. Liliana alertou que o fim do tratamento não significa o fim do câncer, pois muitos efeitos tardios podem aparecer anos depois. Ela destacou a importância de educar os profissionais de saúde sobre o cuidado desses pacientes e a necessidade de fornecer informações claras sobre questões como ansiedade e infertilidade. A Dra. Rebeca Rivera Gómez, especialista em sobrevivência ao câncer infantil, concorda que a atenção a essas complicações é essencial para garantir uma qualidade de vida adequada aos sobreviventes.
O estudo também revelou que a maioria dos sobreviventes se sente bem informada sobre sua história de câncer, mas a afiliação a redes de apoio pode ter influenciado essa percepção. A Dra. Liliana ressaltou que é fundamental incluir o acompanhamento de longo prazo nos planos nacionais de câncer infantil, com orçamento e metas claras. Ambas as especialistas concordaram que a criação de ambulatórios de acompanhamento e a inclusão desses temas na atenção primária são passos importantes para melhorar a situação.
Investir no cuidado de sobreviventes de câncer infantil é uma responsabilidade coletiva. A união da sociedade civil pode fazer a diferença na vida desses indivíduos, proporcionando suporte e recursos para que possam enfrentar os desafios da vida após a cura. É essencial que todos os envolvidos no tratamento trabalhem juntos para aprimorar o cuidado e garantir que os sobreviventes tenham uma vida plena e saudável.
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