John Elkington, criador do conceito "Triple Bottom Line", alerta sobre o negacionismo científico e critica abordagens militares contra o desmatamento, propondo soluções construtivas para a sustentabilidade.
Aos setenta e cinco anos, John Elkington, conhecido como o "pai da sustentabilidade", continua ativo, afirmando que "está apenas começando". Ele é o criador do conceito "Triple Bottom Line", que integra aspectos sociais, ambientais e econômicos nas empresas. Em entrevista à EXAME, durante sua visita ao Brasil para o Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica (SENDI), Elkington expressou otimismo sobre o futuro da sustentabilidade, mas também alertou sobre o negacionismo científico e criticou a abordagem militar contra o desmatamento.
Elkington destacou que os próximos dez a quinze anos serão cruciais para a sustentabilidade, prevendo mudanças significativas, tanto positivas quanto negativas. Ele enfatizou que o mundo enfrenta um cenário geopolítico desafiador, com uma crescente rejeição à ciência, especialmente entre líderes políticos. "Estamos nos preparando para uma série de crises ao redor de uma crise muito maior", afirmou, referindo-se ao impacto das mudanças climáticas.
O especialista acredita que a educação é fundamental para enfrentar a crise planetária, não apenas para os jovens, mas também para reeducar as gerações mais velhas. "Precisamos trabalhar juntos e apoiar os jovens", disse. Elkington está atualmente escrevendo seu vigésimo segundo livro e já publicou obras renomadas como "O Guia do Consumidor Verde" e "Cisnes Verdes: a explosão do capitalismo regenerativo".
Uma de suas principais preocupações é o negacionismo científico, que, segundo ele, está se espalhando entre líderes políticos em várias partes do mundo. Ele criticou a postura dos Estados Unidos, que, sob a administração anterior, se afastou do Acordo de Paris, e lamentou a falta de ação diante das previsões alarmantes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU.
Elkington também abordou a situação do Brasil, que sediará a Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP30) em Belém do Pará. Ele vê um "futuro fantástico" para o país, mas alerta sobre desafios estruturais que podem comprometer seu potencial. O cientista criticou a abordagem militar para combater o desmatamento na Amazônia e sugeriu que o foco deve ser em soluções que promovam uma economia sustentável na região.
Por fim, Elkington reconheceu o potencial das tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, para ajudar na luta contra a crise climática, mas advertiu sobre os riscos de uma transição mal planejada. Ele fez um "recall" do conceito de Triple Bottom Line, buscando restaurar sua intenção original e promover resultados positivos em todas as dimensões. Em tempos de incerteza, a união da sociedade pode ser a chave para impulsionar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a justiça social.
Eunice Paiva, advogada reconhecida por sua defesa dos direitos indígenas, foi homenageada pelo Boi-Bumbá Garantido no Festival de Parintins. Seu neto, Chico Rubens Paiva, emocionou-se ao receber o tributo.
Missão do Conselho Nacional de Justiça na Aldeia São João destaca urgência em melhorias na saúde indígena e necessidade de um modelo de atenção contínua e investimentos em infraestrutura e educação.
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, destaca seu papel como inspiração para mulheres no futebol durante o Mundial de Clubes da FIFA, onde o time já venceu o Al Ahly. Ela clama por mais oportunidades para mulheres na área.
Rodrigo Maia propõe a criação de uma Rede Independente de Monitoramento para combater a pobreza no Brasil, defendendo um plano que integre educação e serviços públicos de qualidade. A ideia é reverter a situação de emergência social e promover a mobilidade social, superando a dependência das transferências de renda.
Professora da USP, Nadya Araújo Guimarães, destaca a urgência de políticas que protejam cuidadores no Brasil, especialmente mulheres negras, em colóquio sobre a "crise do cuidado".
Mauro Silva, tetracampeão mundial e vice-presidente da Federação Paulista de Futebol, defende a educação financeira para atletas e sugere que ex-jogadores se engajem na política para promover mudanças sociais.