O cânhamo se destaca como uma nova fronteira para o agronegócio brasileiro, com potencial de gerar R$ 26 bilhões anuais e 300 mil empregos, dependendo da regulamentação. O evento em São Paulo evidenciou o crescente interesse do setor agrícola na planta, que pode romper estigmas associados à cannabis.
Durante um evento sobre o uso medicinal da cannabis, realizado em São Paulo em maio, o cânhamo se destacou como uma nova fronteira para o agronegócio brasileiro. A planta, além de ter importância industrial e medicinal, pode ajudar a reduzir o estigma associado à cannabis, frequentemente ligada à maconha. Daniel Jordão, diretor da Sechat, afirmou que o interesse do setor agro está crescendo, com a expectativa de que o Brasil se torne uma potência global no cultivo e industrialização do cânhamo.
A discussão sobre o cânhamo se expande em meio a debates regulatórios que envolvem o Executivo, Legislativo e Judiciário. A planta é vista não apenas como uma droga ou fonte de medicamentos, mas como um insumo para diversas aplicações industriais, incluindo bioplásticos e materiais de construção. Empresários acreditam que a regulação do cultivo pode desbloquear uma cadeia produtiva com impacto econômico significativo, comparável ao de commodities agrícolas.
Beatriz Marti Emygio, pesquisadora da Embrapa, explicou que a distinção entre cannabis medicinal e cânhamo industrial é, em grande parte, discursiva. Ambas as categorias pertencem à mesma espécie, e a diferenciação se dá pelos quimiotipos e teores de canabinóides como THC e CBD. A classificação internacional considera cânhamo o material com menos de 0,3% de THC, mas essa linha é considerada tênue e questionável.
Os organizadores do evento enfatizaram a necessidade de focar na saúde e na economia, evitando a polêmica do uso recreativo da cannabis. Jordão destacou que o evento é voltado para negócios e regulação, com o objetivo de apresentar dados e benefícios econômicos de um setor já regulamentado em mais de sessenta países. A Embrapa tem recebido demandas de diversos segmentos interessados no potencial do cânhamo, como empresas que desejam adaptar maquinários para o cultivo.
O Brasil possui clima e solo adequados para o cultivo da cannabis em todas as regiões, e a rusticidade da planta permite seu uso em áreas degradadas, contribuindo para a regeneração do solo e sequestro de carbono. Comparado a outras culturas, o cânhamo exige menos água e defensivos agrícolas, posicionando-se como uma alternativa sustentável no debate sobre agricultura verde e transição energética.
O mercado de cannabis medicinal já movimentou cerca de R$ 853 milhões em 2024, com projeções de ultrapassar R$ 1 bilhão em 2025. O setor do cânhamo industrial pode representar R$ 26 bilhões anuais e gerar 300 mil empregos, caso seja regulamentado. A mudança nas leis em vários países, como a Alemanha, indica um crescente interesse global. A união da sociedade civil pode ser fundamental para impulsionar essa nova fronteira do agronegócio brasileiro.
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