Carros autônomos e inovações como eVTOLs não resolvem os problemas de mobilidade urbana, desviando atenção de soluções estruturais necessárias, como transporte público de qualidade e cidades justas.
Os carros autônomos, frequentemente apresentados como a solução para problemas de trânsito e segurança, ainda não se consolidaram no mercado. O Vale do Silício parece não compreender os reais desafios da mobilidade urbana. Essas inovações são projetadas para perpetuar o modelo de transporte individual, que beneficia as empresas, mas é ineficaz para as cidades. Em vez de priorizar sistemas de transporte coletivo, acessíveis e sustentáveis, bilhões de dólares são investidos em promessas futuristas, como os táxis aéreos que deveriam operar durante a Olimpíada de Paris.
O carro, seja ele movido a combustão ou elétrico, ou mesmo autônomo, não é mais essencial. A ideia de que o carro é indispensável moldou a percepção de liberdade e sucesso individual. No século XX, o automóvel tornou-se um símbolo de progresso, levando muitas cidades a serem projetadas em função dele, como Brasília, que prioriza o tráfego de veículos em detrimento de pedestres e do transporte público. Essa realidade resultou em exclusão social, congestionamentos e poluição.
Propostas como os eVTOLs (veículos elétricos de decolagem e pouso vertical) e outros conceitos inovadores criam uma falsa sensação de inovação. Na prática, elas desviam a atenção das mudanças estruturais necessárias. Em vez de aprimorar o que já existe, como trens e ônibus, as empresas preferem vender ideias mirabolantes que mantêm o foco no transporte privado. Isso representa um espetáculo tecnológico que desvia a atenção da necessidade de políticas públicas efetivas.
É preciso ter cautela com as chamadas cidades inteligentes, que muitas vezes servem apenas como plataformas para coleta de dados e vigilância, sob a justificativa de eficiência. As tecnologias são frequentemente apresentadas como neutras, mas podem reforçar desigualdades. O desafio não é o uso de tecnologia, mas sim direcioná-la para o bem-estar coletivo, em vez de apenas individual. A construção de cidades justas deve ser a prioridade.
Apesar dos desafios, existem sinais de esperança. Movimentos por mobilidade ativa, cooperativas de entrega e cidades que investem em transporte público de qualidade são exemplos de iniciativas locais que mostram caminhos viáveis. O futuro não precisa ser distópico; é possível construir um cenário mais justo e sustentável.
Iniciativas que promovem a mobilidade ativa e o fortalecimento do transporte público merecem apoio. A união da sociedade civil pode fazer a diferença, ajudando a transformar a mobilidade urbana em um direito acessível a todos. O engajamento em projetos que visam a melhoria do transporte coletivo e a inclusão social é fundamental para um futuro mais justo.
A vice-governadora Celina Leão defendeu o Fundo Constitucional do Distrito Federal e anunciou o Centro Integrado de Inteligência Artificial, que envolverá universidades em projetos inovadores. Em entrevista, Celina destacou a importância do fundo para a manutenção da capital e criticou as falas que deslegitimam sua relevância. O novo centro visa desenvolver softwares para saúde, educação e segurança, além de capacitar jovens.
A Chico Rei, fundada por Bruno Imbrizi, transformou um desafio legal em uma parceria com Milton Nascimento, impulsionando seu crescimento e lançando a plataforma Uma Penca, que já conta com mais de 20 mil lojas.
A artista azuLABula realizará um "passeio dançante" em Copacabana, hoje, às 18h, com bonecos que representam histórias de mulheres e violência, como parte da instalação "Oração às alienadas: ato V". A ação, que explora a relação entre corpo e memória, é resultado de uma pesquisa colaborativa e busca provocar reflexões sobre o estigma e a liberdade.
Joélho Caetano, jovem de comunidade quilombola no Ceará, produz sorvete artesanal com ingredientes locais, enquanto outros inovam com óleo de coco e espumante de caju, promovendo a cultura alimentar regional.
Letícia dos Santos, Mestra em Ciência da Computação, desenvolveu o robô autônomo TIAGo-135, com 93% de sucesso em testes, e agora investiga sistemas de múltiplos robôs no doutorado na UFRGS. A pesquisa visa facilitar a vida de pessoas com mobilidade reduzida em ambientes domésticos e industriais.
A Flip homenageia Ziraldo com a ação "Pé de Livro", que apresenta uma árvore cercada por suas obras na Praça da Matriz, em Paraty, incluindo lançamentos inéditos e doações para bibliotecas locais.