Em 2024, o Brasil registrou 1.092 cidades sem oferta de Educação de Jovens e Adultos (EJA), apesar da obrigatoriedade legal. O governo lançou o Pacto EJA para criar 3,3 milhões de matrículas e equiparar o financiamento com o ensino regular.

O Brasil enfrenta um sério desafio em relação à Educação de Jovens e Adultos (EJA), com um aumento alarmante no número de municípios sem essa modalidade de ensino. Em 2024, o total de cidades sem oferta de EJA subiu para 1.092, representando uma em cada cinco cidades do país. Apesar de mais de 9,3 milhões de pessoas com mais de 15 anos serem analfabetas, a oferta de vagas na EJA tem diminuído, atingindo o menor número de matrículas desde 1996, com apenas 2,39 milhões de alunos registrados no ano passado.
A situação é ainda mais preocupante considerando que quase metade da população com mais de 25 anos não completou o ensino médio, totalizando cerca de 65 milhões de pessoas. Desde 2018, um terço da população entre 15 e 64 anos é considerada analfabeta funcional, e 65% dessas pessoas não tiveram acesso à educação básica. Apesar da obrigatoriedade legal de oferecer EJA, muitos estados e municípios têm concentrado as turmas em poucas escolas, dificultando o acesso para quem realmente precisa.
O Ministério da Educação (MEC) expressa preocupação com a extinção de programas de EJA em várias localidades. Em 2023, o número de cidades sem oferta de EJA era de 1.009, e em 2024, esse número cresceu para 1.092, um aumento de 8%. Zara Figueiredo, titular da Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do MEC, destaca que a justificativa de falta de demanda não se sustenta, pois há muitos que ainda precisam de oportunidades educacionais.
Além disso, mais da metade dos municípios sem EJA atingiu as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para os anos iniciais e finais do ensino fundamental. Isso levanta a questão de por que essas cidades não conseguem reverter as altas taxas de analfabetismo. Os estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais concentram o maior número de municípios sem EJA, somando mais de 1,9 milhão de analfabetos com mais de 15 anos.
Em resposta a essa crise, o governo federal lançou o Pacto EJA em 2023, com a meta de criar 3,3 milhões de matrículas e um investimento de R$ 120 milhões. O MEC também alterou o financiamento das matrículas de EJA, equiparando-o ao do ensino regular, para tornar essa oferta mais atrativa. Contudo, a mudança no perfil dos alunos, com um aumento de adolescentes matriculados na EJA, indica que muitos jovens estão sendo empurrados para essa modalidade devido a dificuldades nas escolas regulares.
Essa situação exige uma ação coletiva para garantir que todos tenham acesso à educação. Projetos que visam apoiar a EJA e a alfabetização de adultos são essenciais para reverter esse quadro. A união da sociedade civil pode fazer a diferença, promovendo iniciativas que ajudem a oferecer oportunidades educacionais a quem mais precisa.

A Universidade de Brasília (UnB) lançou o projeto Livro Livre, que incentiva a doação de livros e enriquece o acervo da Biblioteca Central, promovendo a leitura e a cultura na comunidade. A iniciativa, apoiada pela diretora da Faculdade de Comunicação, Dione Moura, inclui eventos como o Arraiá da Leitura, onde doações de livros resultam em recompensas e atividades lúdicas. Além disso, a catalogação de trabalhos de conclusão de curso visa preservar a memória acadêmica da instituição.

A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que destina parte do lucro do pré-sal para políticas de permanência estudantil em universidades públicas, visando reduzir a evasão de cotistas. A proposta, que altera a Lei nº 12.858/2013, permitirá que instituições de ensino tenham recursos para oferecer bolsas a estudantes em situação de vulnerabilidade. A médica e professora da USP, Ludhmila Hajjar, destacou a importância da aprovação, que segue agora para sanção presidencial, com boas expectativas de se tornar um programa social permanente.

A Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo abre inscrições para o vestibular do 2º semestre de 2025, com 435 vagas, sendo 280 para bolsistas. Inscrições até 10 de julho.

Professores enfrentam desafios para diferenciar conteúdos gerados por humanos e inteligência artificial (IA), enquanto buscam soluções práticas e diretrizes éticas para o uso dessas tecnologias na educação.

A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM) oferecerá aulas gratuitas sobre obras literárias do vestibular da Fuvest, focando em autoras mulheres até 2028. As aulas ocorrerão de abril a outubro de 2024, com inscrições abertas no Instagram da BBM.

Unicamp implementa cotas para transexuais, travestis e não binários, visando inclusão. O reitor Antonio José de Almeida Meirelles defende a medida, ressaltando a importância de oportunidades e conhecimento sobre temas LGBTQIA+. Apesar das críticas e resistência política, a universidade busca reduzir desigualdades e gerar sensibilidade no ambiente acadêmico.