Projeto "Diálogos Simétricos" promove educação sobre culturas indígenas no Brasil. Com apoio da Fapesp, iniciativa conecta estudantes e comunidades guaranis, resultando em materiais didáticos e propostas de políticas públicas.
O Censo de 2022 revelou que aproximadamente 1,7 milhão de brasileiros se identificam como indígenas, refletindo a rica diversidade cultural do país. O termo “indígena” abrange mais de 300 grupos distintos que falam cerca de 160 línguas. Para promover o conhecimento sobre essas culturas, a Lei nº 11.645, em vigor desde 2008, tornou obrigatório o ensino de história e cultura indígena nas escolas. No entanto, a implementação dessa lei ainda enfrenta desafios, como a falta de formação específica para professores e materiais didáticos adequados.
O antropólogo Edmundo Peggion, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), liderou o projeto “Diálogos Simétricos: educação, culturas e territorialidades”, que visa transformar essa realidade. Com duração de dois anos e apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o projeto promoveu diálogos entre professores, alunos e comunidades indígenas, destacando a importância do protagonismo indígena nas questões que os afetam.
O projeto envolveu a colaboração de diversos acadêmicos e líderes indígenas, como Lenira Djatsy e Cristiano Kiririndju, que contribuíram para a criação de um ambiente de aprendizado mútuo. Peggion enfatiza que a relação entre a academia e os povos indígenas deve ser de respeito e simetria, permitindo que os indígenas liderem suas próprias narrativas e lutas.
Uma das iniciativas do projeto foi a imersão de estudantes da Escola Estadual Professor Joaquim Pinto Machado Júnior na aldeia Tapirema, onde tiveram a oportunidade de vivenciar o cotidiano guarani. Essa experiência incluiu entrevistas, atividades de bioconstrução e participação em rituais, proporcionando uma nova perspectiva aos alunos, que até então não tinham contato com a cultura indígena.
Os resultados do projeto incluem a produção de materiais didáticos, como um catálogo da flora e fauna da Mata Atlântica, e a criação de uma disciplina eletiva sobre cultura indígena. Além disso, foram realizadas gravações de histórias e saberes dos mais velhos, visando preservar a tradição oral e promover o conhecimento ancestral nas escolas não indígenas.
A internacionalização do projeto foi facilitada pela participação de pesquisadores estrangeiros, ampliando o alcance das discussões sobre a preservação das culturas indígenas. O projeto também busca influenciar políticas públicas, propondo a criação de editais que incentivem a colaboração entre escolas indígenas e não indígenas. A união de esforços pode fortalecer iniciativas que valorizem a cultura indígena e promovam a educação inclusiva.
A ABNT e o SENAI firmaram um acordo para oferecer cursos técnicos no portal Futuro.Digital, visando atender à indústria 4.0 e ampliar o acesso à educação técnica no Brasil. A parceria promete fortalecer a capacitação e a inovação no setor produtivo.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-SP) abriu inscrições para curso gratuito de aprendizagem industrial, destinado a jovens de 14 a 24 anos. As aulas visam capacitar para o primeiro emprego na indústria. As inscrições vão até 11 de junho, com provas agendadas entre 3 e 26 de junho.
A Comissão de Educação do Senado aprovou projeto que proíbe discriminação entre alunos bolsistas e pagantes em escolas privadas, promovendo igualdade e integração. A proposta segue para a Câmara dos Deputados.
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) oferece seis cursos gratuitos para pessoas com 60 anos ou mais, com foco em aprendizado e integração social. As inscrições são presenciais e limitadas a 168 vagas.
Estudo revela que estimulação elétrica leve no cérebro pode aumentar em até 29% o desempenho em matemática de alunos com dificuldades, promovendo maior igualdade intelectual. Pesquisadores alertam para questões éticas sobre o acesso à tecnologia.
O Caixa Tem anunciou um pagamento extra de R$ 200 para estudantes do programa Pé-de-Meia, entre 25 de agosto e 1º de setembro de 2025, visando incentivar a frequência escolar. O programa do MEC apoia jovens de famílias de baixa renda na conclusão do ensino médio.