Seis estados brasileiros não cumprem a carga horária mínima de 2.400 horas para a formação básica no Ensino Médio, conforme estudo da Rede Escola Pública e Universidade. Amazonas e Bahia são os mais afetados.

Seis estados brasileiros não estão cumprindo a carga mínima de 2.400 horas para a formação geral básica no Ensino Médio, conforme um estudo da Rede Escola Pública e Universidade (Repu) divulgado em 31 de julho de 2025. A norma, sancionada em 2024 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reverteu a redução de carga horária promovida durante o governo de Michel Temer, que havia estabelecido um mínimo de 1.800 horas.
Atualmente, o Ensino Médio deve totalizar 3.000 horas, sendo 2.400 horas dedicadas à formação básica e 600 horas aos itinerários formativos. A pesquisa avaliou as matrizes curriculares de todos os estados em três fases: antes da reforma, durante a aplicação da reforma de Temer e na matriz vigente em 2025. Os estados que não cumprem a carga horária são Amazonas, Bahia, Rondônia, Santa Catarina, Pará e Minas Gerais.
Os casos mais críticos são os de Amazonas e Bahia. Na Bahia, a carga horária de formação geral básica está 16,7% abaixo do estipulado pela Lei n. 14.945/2024, com aulas de 50 minutos não documentadas oficialmente. No Amazonas, a oscilação do tempo de aula varia de 45 a 48 minutos, resultando em uma oferta 20% inferior às 2.400 horas requeridas, o que equivale a uma perda de pelo menos 100 dias de aula.
Em Rondônia e Santa Catarina, o módulo-aula oficial de 48 minutos não é seguido por todas as escolas, levando a uma redução de 6,3% na carga horária. O Pará permite que as escolas adotem um módulo de 45 minutos, justificando dificuldades operacionais, enquanto Minas Gerais não implementou adequadamente a regulamentação para atividades extraescolares, resultando na falta de aulas para muitos alunos.
O estudo revela que, em comparação com o período anterior às reformas, há uma perda líquida de 13,7% na formação geral básica. O pesquisador Fernando Cássio destaca que essas desigualdades refletem escolhas políticas dos gestores, que não têm respaldo pedagógico. Ele critica a ênfase em avaliações externas, que podem ser usadas como "barganha política" em períodos eleitorais.
Os pesquisadores recomendam que os estados divulguem suas matrizes curriculares e respeitem a carga horária mínima. Além disso, sugerem que órgãos de controle acompanhem as redes de ensino para avaliar os impactos do descumprimento das horas. Em um cenário onde a educação é fundamental, a mobilização da sociedade civil pode ser crucial para garantir que todos os alunos tenham acesso a uma formação de qualidade e adequada às exigências legais.

O Ministério da Educação estabeleceu novas regras para cursos de Saúde, Engenharia e Agricultura, exigindo maior carga horária presencial e restringindo o EAD em áreas específicas. A mudança visa garantir a qualidade do ensino.

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) abriu o prazo para solicitação de isenção da taxa de inscrição do vestibular de Medicina 2026, visando ampliar o acesso ao processo seletivo. Os interessados devem se inscrever entre 7 de agosto e 1º de setembro de 2025, com resultados divulgados em 12 de setembro. Recursos poderão ser apresentados entre 15 e 17 de setembro, com resultado final em 24 de setembro. O vestibular seguirá um modelo misto, combinando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com provas específicas.

A Universidade de São Paulo (USP) oferece cursos online gratuitos de programação voltados para mulheres e pessoas não-binárias, com inscrições até 31 de maio. As aulas, que ocorrerão de julho a setembro, visam promover inclusão e diversidade na tecnologia.

UFRJ enfrenta crise orçamentária com dívidas de R$ 61 milhões e infraestrutura precária. O reitor Roberto Medronho busca parcerias com o setor produtivo para enfrentar o subfinanciamento, enquanto a universidade receberá R$ 406 milhões em 2025, valor insuficiente para cobrir custos básicos.

Editoras alertam que, sem encomendas até agosto, a entrega de livros didáticos será inviável, afetando o ensino fundamental. O FNDE só garantiu a compra para o EJA, deixando a educação básica em risco.

Pesquisadores realizam manifestação em Brasília nesta terça-feira (12) pedindo reajuste de 10% nas bolsas de pesquisa e criação de novas bolsas, além de garantias previdenciárias. A ANPG negocia com ministérios para atender as demandas.