Terceiro Setor

Clínica odontológica pioneira é inaugurada em aldeia indígena para atender mil guaranis gratuitamente

A ONG Doutores da Amazônia inaugura a primeira clínica odontológica em uma aldeia indígena, beneficiando mil indígenas Guarani com atendimento gratuito e contínuo. A iniciativa, apoiada pela Dentsply Sirona, visa melhorar a saúde bucal em comunidades remotas.

Atualizado em
May 29, 2025
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A saúde dos povos indígenas no Brasil enfrenta desafios significativos, especialmente nas comunidades remotas (Fernando Frazão/Agência Brasil)

A ONG Doutores da Amazônia inaugurará no próximo sábado, 26, a primeira clínica odontológica do mundo dentro de uma aldeia indígena, localizada na aldeia Rio Silveira, em Bertioga, no litoral paulista. A clínica oferecerá atendimento gratuito a aproximadamente mil indígenas do povo Guarani, que até agora não tinham acesso a tratamentos odontológicos especializados. Esta iniciativa é um marco importante na promoção da saúde bucal nas comunidades indígenas do Brasil, frequentemente negligenciada.

O projeto, que não visa lucro, tem como meta garantir acesso contínuo a tratamentos odontológicos, abrangendo desde procedimentos simples até os mais complexos, sem que os indígenas precisem se deslocar para centros urbanos distantes. A clínica foi construída com o apoio da empresa Dentsply Sirona, que forneceu os insumos necessários para os atendimentos, além da colaboração de voluntários.

A ONG Doutores da Amazônia possui um histórico de sucesso em levar serviços de saúde a comunidades indígenas e ribeirinhas. Em 2023, a organização trabalhou em conjunto com o Governo do Amapá para oferecer serviços médicos e odontológicos ao povo indígena Wajãpi, conhecido como "guardiões da floresta". A ação "Mais Sorrisos" já atendeu mais de 40 mil indígenas, com destaque para os atendimentos em diversas especialidades, incluindo odontologia.

Os desafios enfrentados pela saúde dos povos indígenas no Brasil são significativos, especialmente nas áreas remotas. Um estudo recente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que seis em cada dez indígenas que vivem em zonas urbanas convivem com pelo menos uma doença crônica. Entre os diagnósticos mais comuns estão hipertensão arterial, problemas na coluna vertebral e colesterol alto.

Além disso, 35% dos indígenas não aldeados, com 20 anos ou mais, enfrentam duas ou mais enfermidades, o que torna o acesso à saúde ainda mais urgente. A inauguração da clínica odontológica representa uma resposta a essa necessidade, promovendo um avanço significativo na saúde bucal das comunidades indígenas.

Iniciativas como essa devem ser apoiadas pela sociedade civil, pois representam uma oportunidade de melhorar a qualidade de vida de populações vulneráveis. A união de esforços pode fazer a diferença na promoção de saúde e bem-estar para os menos favorecidos, garantindo que todos tenham acesso a cuidados essenciais.

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