Após três anos de estudos na USP, os crânios de Maria Bonita e Lampião não tiveram DNA extraído, mas a família planeja um museu para preservar sua história e objetos pessoais. O acervo incluirá armas, joias e documentos.
Duas caixas de madeira, atualmente guardadas de forma provisória em um museu de São Paulo, marcam um novo capítulo na história de Maria Bonita e Lampião. Os crânios do casal, figuras emblemáticas do cangaço brasileiro, foram analisados após três anos e meio de estudos na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Em setembro de 2021, os crânios foram enviados ao departamento de patologia da instituição, após a família ser alertada sobre o risco de perda dos restos mortais, que estavam sepultados em Salvador.
As netas de Lampião e Maria Bonita, Gleuse e Expedita Ferreira, relataram que os crânios foram mantidos em casa como um segredo de família. Gleuse Ferreira, de 69 anos, mencionou que os crânios eram guardados em uma caixa e, ocasionalmente, eram expostos ao sol. A análise realizada na USP não conseguiu extrair DNA dos crânios, devido à deterioração causada por manipulações anteriores e armazenamento em soluções inadequadas, como querosene.
Apesar da impossibilidade de análise genética, os pesquisadores afirmam ter evidências sólidas da identidade dos crânios, que pertencem a Lampião e Maria Bonita, assassinados em 1938 na Gruta de Angico, na divisa entre Sergipe e Alagoas. O doutorando e historiador José Guilherme Veras Closs, responsável pelo estudo, destacou que a reconstrução dos crânios foi um desafio, especialmente no caso de Lampião, que chegou em estado fragmentado.
O relatório dos pesquisadores revelou que o crânio de Maria Bonita estava mais íntegro, enquanto o de Lampião apresentava um alto grau de fragmentação. A análise também indicou evidências de decapitação e fraturas, além de problemas de saúde bucal. Closs enfatizou a importância de tratar os restos mortais com o mesmo respeito que se deve a um ser humano vivo, destacando a complexidade da história do cangaço, que é marcada por controvérsias.
A família Ferreira planeja construir um museu para preservar a história e os objetos do casal. Gleuse Ferreira afirmou que já possui um terreno e espera iniciar a construção do museu em três anos. O acervo incluirá armas, joias, fotografias e um cacho de cabelo de Maria Bonita, com a intenção de criar um espaço que funcione como um centro de estudos sobre o cangaço.
O advogado da família, Alex Daniel, ressaltou que o Memorial do Cangaço contará com a curadoria da família e buscará preservar a riqueza cultural e histórica do período. Projetos como esse merecem apoio da sociedade civil, pois a preservação da memória e da cultura é fundamental para a construção de uma identidade coletiva.
Três novas produções teatrais estreiam na Tijuca, abordando temas como inclusão e diversidade. "O menino ao avesso" explora identidade infantil, enquanto "Essa peça tem beijo gay" discute visibilidade LGBTQIAPN+. O musical "Zé Ketti, eu quero matar a saudade!" celebra a memória do compositor negro.
Mirtes Renata Santana de Souza, mãe de Miguel Otávio, busca justiça após a morte do filho em 2020, enquanto enfrenta racismo no Judiciário e luta por uma pena maior para a patroa Sarí Corte Real. O Tribunal de Justiça de Pernambuco negou o pedido de Mirtes para aumentar a pena de Sarí para 12 anos, enquanto a defesa recorre ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mirtes, quase advogada, critica a seletividade do sistema judicial e busca reparação pela tragédia.
O Teatro Sarah promoveu um show emocionante com Letícia Sabatella e Paulo Braga, destacando a arte como ferramenta de reabilitação para pacientes. A iniciativa reforça a importância da cultura na recuperação. A apresentação, parte do programa Arte e Reabilitação, trouxe homenagens de pacientes, que relataram experiências transformadoras. A presidente da Rede Sarah, Lúcia Willadino, enfatizou que a cultura é essencial para um tratamento humanizado.
Jorge Soares, paciente de 74 anos em tratamento de câncer, teve um momento especial ao receber a visita de sua poodle Mel, destacando a importância do projeto OncoPet no Hospital Regional de Taguatinga. A iniciativa, coordenada pelo psicólogo Fernando Cabral, promove o bem-estar emocional dos pacientes por meio da interação com animais, contribuindo para uma recuperação mais humanizada e rápida.
Ester Carro, arquiteta social, transforma habitações precárias em Paraisópolis e já reformou 360 ambientes, recebendo prêmios e reconhecimento nacional por sua atuação.
Rodrigo Maia propõe a criação de uma Rede Independente de Monitoramento para combater a pobreza no Brasil, defendendo um plano que integre educação e serviços públicos de qualidade. A ideia é reverter a situação de emergência social e promover a mobilidade social, superando a dependência das transferências de renda.