Cerca de 73% dos moradores de favelas no Brasil veem o empreendedorismo como alternativa ao emprego formal, com 35,6% já tendo negócios próprios. A pesquisa do Data Favela revela um novo cenário econômico.
Um levantamento realizado pelo instituto de pesquisa Data Favela revelou que, em um universo de doze mil trezentas e quarenta e oito favelas no Brasil, onde residem dezessete milhões e duzentas mil pessoas, a maioria dos moradores vê o empreendedorismo como uma alternativa mais viável do que o emprego formal. A pesquisa, que entrevistou dezesseis mil quinhentas e vinte e uma pessoas entre os dias três e seis de julho, mostrou que setenta e três por cento dos entrevistados acreditam que empreender é um caminho mais simples para melhorar de vida do que ter um trabalho com carteira assinada.
Os dados indicam que trinta e cinco vírgula seis por cento dos moradores já possuem algum tipo de negócio próprio, e entre esses, vinte e três vírgula quatro por cento dependem do empreendedorismo como principal fonte de renda. Renato Meirelles, fundador do Data Favela, destacou que "o negócio próprio deixou de ser o plano B para quem mora na favela", enfatizando que empreender se tornou um projeto de vida para muitos.
O desejo de expandir os negócios é evidente, com setenta e nove por cento dos empreendedores expressando a intenção de ampliar suas atividades ou abrir novos empreendimentos nos próximos doze meses. Apenas nove por cento dos entrevistados manifestaram interesse em um trabalho com carteira assinada, refletindo uma mudança significativa nas aspirações profissionais dos moradores de favelas.
Marcus Vinícius Athayde, presidente da Central Única das Favelas (Cufa Global), observou que a informalidade sempre foi predominante nas favelas, mas o desejo por empregos formais diminuiu, especialmente após a pandemia e a popularização de serviços digitais. A desvalorização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é mais intensa nas favelas, onde a distância e a ineficiência do transporte público dificultam o acesso ao trabalho formal.
Além disso, a pesquisa revelou que sessenta e nove vírgula sete por cento dos moradores acreditam que benefícios sociais, como o Bolsa Família, podem ser utilizados para iniciar um negócio próprio. Meirelles afirmou que o Bolsa Família se tornou uma importante alavanca de capital nas comunidades, permitindo que os moradores utilizem esses recursos para investir em seus empreendimentos.
No entanto, apenas vinte e seis por cento dos empreendedores possuem registro formal, como CNPJ ou MEI (microempreendedor individual). Athayde ressaltou a necessidade de aumentar o acesso à informação sobre a importância da formalização para garantir proteção em momentos de necessidade. Nessa situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a formalização e o crescimento dos negócios nas comunidades.
O Ministério da Saúde revisa a Portaria GM/MS nº 4.641, reunindo especialistas para aprimorar a Rede CIEVS, visando fortalecer a vigilância em saúde pública e a resposta a emergências. A proposta busca integrar ações em diferentes níveis de governo.
Cerca de 9% do Parque do Bixiga será destinado a canteiro de obras da Linha 19-Celeste do Metrô por três anos, com promessa de devolução após a conclusão. A área foi adquirida por R$ 65 milhões em 2024.
O projeto Histórias Além Muros, de Daniela Chindler, promove a leitura entre mulheres no presídio Talavera Bruce e foi semifinalista do Prêmio Jabuti 2024, além de receber o Prêmio Faz Diferença. Chindler destacou a importância da leitura em seu discurso e dedicou o prêmio a outros escritores, ressaltando a relevância do projeto para as presidiárias. Com cerca de 150 participantes, a iniciativa enfrenta desafios logísticos, mas já inspirou ações semelhantes em outros estados.
A Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade um projeto que torna permanente a Lei de Incentivo ao Esporte, garantindo deduções fiscais para patrocínios e doações a projetos esportivos e paradesportivos. O texto, que agora segue para o Senado, estabelece limites para os incentivos fiscais, permitindo deduções de até 3% do Imposto de Renda para pessoas jurídicas e 7% para pessoas físicas. Desde sua criação em 2006, a lei já captou R$ 6,3 bilhões para o esporte, com R$ 1 bilhão apenas no último ano.
A 13ª Festa do Livro da USP Leste, realizada de 8 a 10 de abril, reuniu mais de 40 editoras, mas atraiu um público menor que o esperado, apesar de um aumento na movimentação em comparação a edições anteriores.
A nova Lei 8913/25 no Rio de Janeiro exige a denúncia de violência doméstica em condomínios, destacando a importância de apoio terapêutico e jurídico para as vítimas, segundo a advogada Letícia Peres.