Cerca de 68% dos brasileiros acreditam que a perda de memória é normal no envelhecimento, mas especialistas alertam que isso pode atrasar diagnósticos de demência, como a doença de Alzheimer, que já afeta quase 2 milhões no país.
A perda de memória é frequentemente considerada uma parte normal do envelhecimento por muitos brasileiros. Uma pesquisa recente do Datafolha revelou que sessenta e oito por cento da população acredita que esse fenômeno é natural. No entanto, especialistas alertam que essa percepção pode atrasar diagnósticos de demência, que já afeta cerca de dois milhões de brasileiros, um número que deve triplicar até dois mil e cinquenta.
O estigma associado à perda de memória e a ideia de que ela é uma consequência do envelhecimento podem levar as pessoas a não buscarem ajuda médica. Luiz André Magno, diretor médico sênior da farmacêutica Lilly do Brasil, destaca que essa crença equivocada impede intervenções precoces, quando as opções de tratamento são mais eficazes. O Relatório Nacional sobre a Demência aponta que oitenta por cento dos casos de demência no Brasil não são diagnosticados, um dos maiores índices de subdiagnóstico no mundo.
A geriatra Celene Pinheiro, presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), aponta que a falta de especialistas e a dificuldade em realizar testes cognitivos durante as consultas são barreiras significativas no sistema público de saúde. A doença de Alzheimer representa de sessenta a setenta por cento dos casos de demência. O diagnóstico envolve avaliações clínicas, testes cognitivos e exames laboratoriais, que muitas vezes não são acessíveis devido à falta de cobertura por planos de saúde e pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Recentemente, o Brasil aprovou a Política Nacional de Cuidado Integral às Pessoas com Doença de Alzheimer e Outras Demências, que ainda precisa ser regulamentada. Magno enfatiza a importância dessa regulamentação para estabelecer uma linha de cuidados desde a identificação até o tratamento. Com o envelhecimento da população, estima-se que um terço dos brasileiros terá mais de sessenta anos até dois mil e cinquenta, aumentando a necessidade de um sistema de saúde preparado para lidar com a demência.
Os custos associados à demência são alarmantes, totalizando um trilhão e trezentos bilhões de dólares para a economia mundial. O impacto financeiro aumenta significativamente à medida que a doença avança, tornando essencial a intervenção precoce. Celene Pinheiro ressalta que é crucial que pacientes e familiares estejam atentos aos primeiros sinais de perda de memória e busquem médicos que considerem essas queixas, pois é nesse estágio que ainda é possível implementar medidas preventivas.
Com a crescente prevalência da demência, a união da sociedade civil pode fazer a diferença na vida de muitos. Projetos que visam aumentar a conscientização e o acesso a cuidados para pessoas com Alzheimer e outras demências são fundamentais. A mobilização em torno dessas causas pode ajudar a garantir que mais pessoas recebam o apoio necessário em momentos críticos.
Pessoas com pernas mais fortes têm menor risco de morte por diversas causas, destacando a importância do fortalecimento muscular para a longevidade saudável. Estudos mostram que músculos das pernas ajudam a prevenir quedas e melhoram a saúde cardiovascular. Exercícios simples, como agachamentos e caminhadas, podem preservar a força muscular ao longo dos anos.
Crianças buscam terapia devido a angústias familiares, revelando que problemas de aprendizagem podem ser reflexos de conflitos emocionais. Especialistas destacam a importância do envolvimento dos pais no tratamento.
A pesquisa do SindHosp revela um aumento alarmante nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e outras doenças em São Paulo, com baixa adesão à vacinação contra a gripe. O levantamento, realizado entre 6 e 16 de junho, mostrou que 64% dos hospitais reportaram aumento nas internações em UTIs e 74% nos atendimentos de emergência. O presidente do SindHosp, Francisco Balestrin, destaca a urgência da vacinação, que atualmente atinge apenas 35% da população. O surto de SRAG começou mais cedo este ano, o que pode agravar a situação, especialmente entre crianças e idosos.
Pesquisadores da Universidade de Ciências da Saúde do Novo México iniciam testes clínicos de uma vacina experimental contra o Alzheimer, focando na proteína tau, com resultados promissores em animais. Essa abordagem inovadora visa bloquear a propagação da tau tóxica, oferecendo esperança para milhões afetados pela doença.
Luiza Tomaz, supervisora de pós-produção audiovisual, enfrentou um diagnóstico de câncer de pulmão aos 26 anos, resultando em uma lobectomia total. Ela reflete sobre a solidão e o luto pela perda do pulmão e sua experiência como ex-tabagista.
Um estudo recente revela que a doença hepática gordurosa não alcoólica aumenta o risco de câncer colorretal em adultos jovens. A pesquisa, com mais de 4,6 milhões de participantes, destaca a urgência de triagens em populações vulneráveis.