Saúde e Ciência

Atletas masculinos de resistência intensa enfrentam risco elevado de aterosclerose coronariana

Atletas masculinos de resistência intensa apresentam maior risco de aterosclerose coronariana, enquanto mulheres parecem ter proteção, segundo estudo do European Heart Journal. A prática regular de exercícios é ainda recomendada, mas check-ups são essenciais.

Atualizado em
August 6, 2025
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Maratonista corre pelas ruas da Europa - Adobe Stock

Um estudo recente publicado no European Heart Journal revela que atletas masculinos que se dedicam a exercícios de resistência intensa por longos períodos apresentam um risco elevado de aterosclerose coronariana. Essa condição, caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias do coração, pode dificultar o fluxo sanguíneo e aumentar a probabilidade de problemas cardíacos, como a doença arterial coronariana, que é a principal causa de morte súbita em atletas com mais de 35 anos.

Os especialistas ressaltam que, apesar dos riscos, a prática regular de exercícios físicos continua sendo benéfica para a saúde cardiovascular. No entanto, alertam que a aterosclerose pode não apresentar sintomas até que esteja em estágio avançado, tornando os check-ups regulares essenciais para a detecção precoce da doença.

O estudo analisou dados de exames de imagem cardíaca e casos clínicos de atletas, confirmando que a atividade física moderada reduz significativamente os riscos cardiovasculares. Contudo, os homens que se exercitam em alto rendimento têm maior prevalência de acúmulo de lipídios e cálcio nas artérias em comparação com mulheres e indivíduos sedentários.

Os dados indicam que as mulheres, mesmo praticando exercícios de alta intensidade, não apresentam aumento na aterosclerose. Para elas, a doença está mais relacionada à idade e a fatores de risco como hipertensão, colesterol elevado e tabagismo. Isso sugere uma possível proteção hormonal e anatômica que as mulheres possuem em relação aos efeitos adversos do treino intenso.

Uma das hipóteses para o maior risco em homens é a resposta inflamatória do corpo ao exercício intenso, que, se frequente, pode acelerar a aterosclerose. Além disso, a dieta dos atletas, que geralmente inclui maior ingestão de calorias e gorduras, pode contribuir para o acúmulo de substâncias nas artérias. A genética também é um fator importante, influenciando a predisposição à doença.

Os cardiologistas enfatizam que a atividade física é essencial para a saúde e recomendam pelo menos 150 minutos de exercícios aeróbicos moderados por semana. A prevenção é fundamental, e a mudança no estilo de vida pode ajudar a evitar problemas cardíacos. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos, promovendo iniciativas que incentivem a saúde e o bem-estar da população.

Folha de São Paulo
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