Estudo da USP revela que o consumo de ultraprocessados no Brasil varia entre municípios, com Florianópolis alcançando 30,5% das calorias diárias, destacando a influência da renda e urbanização.
O consumo de alimentos ultraprocessados no Brasil tem aumentado, conforme revelado por um estudo do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP). A pesquisa, publicada na Revista de Saúde Pública, analisou a ingestão calórica em diferentes municípios, mostrando que a proporção de calorias provenientes desses produtos varia de 5,7% em Aroeiras do Itaim, Piauí, a 30,5% em Florianópolis, Santa Catarina. A média nacional é de 20%.
O estudo destaca a heterogeneidade no consumo de ultraprocessados, com as maiores taxas concentradas na região Sul do país. Cidades como Curitiba e Porto Alegre também apresentaram índices elevados, com 26,3% e 26,6%, respectivamente. Em contraste, estados do Norte e Nordeste, como Piauí e Maranhão, mostraram os menores percentuais de consumo.
Fatores como renda e urbanização foram identificados como determinantes do consumo. Municípios com maior renda e urbanização tendem a consumir mais ultraprocessados. O aumento do delivery e a falta de tempo para cozinhar são algumas das razões que contribuem para essa tendência. Produtos como barrinhas de cereal e iogurtes saborizados, que parecem saudáveis, também são considerados ultraprocessados.
Embora o Brasil ainda mantenha uma alimentação caseira predominante entre as famílias de menor renda, a pesquisa indica um crescimento preocupante no consumo de ultraprocessados. Especialistas alertam que a alimentação dessas famílias, embora menos rica em ultraprocessados, muitas vezes é composta por itens básicos e carece de nutrientes essenciais, como frutas e verduras.
Os ultraprocessados estão associados a diversos problemas de saúde, incluindo obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Uma revisão de estudos publicada na revista The BMJ encontrou uma ligação entre o consumo desses alimentos e um aumento no risco de trinta e dois problemas de saúde diferentes. Esses produtos, ricos em açúcar e gorduras de baixa qualidade, têm baixo valor nutricional e podem contribuir para o ganho de peso.
Os pesquisadores sugerem que a identificação das áreas com maior consumo de ultraprocessados pode auxiliar na formulação de políticas públicas. Medidas como educação alimentar, incentivo ao consumo de alimentos in natura e restrições à publicidade de ultraprocessados para crianças são essenciais. A mobilização da sociedade civil pode ser crucial para promover iniciativas que incentivem uma alimentação mais saudável e acessível.
Em 2025, a expedição Muiraquitã da FMUSP levará saúde e inovação à Amazônia, utilizando o barco-hospital Abaré para enfrentar desigualdades em saúde e formar médicos comprometidos com a justiça social.
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Estudo revela que a série "Os 13 porquês" correlaciona-se com um aumento de 28,9% nos suicídios adolescentes nos EUA. Especialistas discutem a representação do suicídio na mídia e suas consequências sociais.
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