Saúde e Ciência

"Dengue sorotipo 3 no DF exige vigilância redobrada e ações de prevenção contra o Aedes aegypti"

No Distrito Federal, foram registrados 23 casos do sorotipo 3 da dengue em 2024, levando a Secretaria de Saúde a intensificar ações de combate, incluindo um novo inseticida e aumento no número de agentes de saúde.

Atualizado em
April 28, 2025
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Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

A presença do sorotipo 3 da dengue no Brasil destaca a importância da vigilância contínua contra o mosquito Aedes aegypti. No Distrito Federal (DF), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) registrou, até 25 de abril de 2024, 23 casos desse sorotipo. As Regiões Administrativas (RAs) mais afetadas foram Fercal, Sobradinho, Itapoã e Paranoá. Apesar do aumento de casos do sorotipo 3, o total de ocorrências de dengue neste ano é inferior ao mesmo período de 2023, que teve 247 mil casos, e 2025, com 6,4 mil casos.

Os sintomas do sorotipo 3 são semelhantes aos de outros tipos de dengue, incluindo febre, dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas articulações e atrás dos olhos. É crucial estar atento aos sinais de alarme, como dor abdominal intensa, vômitos e sangramentos, e buscar atendimento médico ao suspeitar da doença. A gerente de Vigilância das Doenças Transmissíveis (GVDT), Aline Duarte Folle, ressalta que existem quatro subtipos do vírus da dengue: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

Após a segunda infecção por qualquer sorotipo, a probabilidade de desenvolver quadros mais graves aumenta, independentemente da sequência dos sorotipos. Os sorotipos 2 e 3 estão frequentemente associados a manifestações mais severas. A introdução do DENV-3 no DF é preocupante, pois a população pode não ter imunidade a esse subtipo, já que muitos contraíram dengue pelo DENV-2 nos últimos anos. A vigilância sobre os tipos de vírus em circulação é constante.

Para combater a dengue, a vacina disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do DF protege contra todos os quatro tipos de vírus e é destinada a crianças de dez a quatorze anos. Em resposta aos casos de DENV-3, a SES-DF implementou um novo inseticida, o BRI-Aedes, que é aplicado uma única vez dentro das residências e tem eficácia de noventa dias, eliminando mosquitos adultos e repelindo novos.

O Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou a contratação de agentes de saúde, aumentando o número de agentes de vigilância ambiental (AVAs) de quatrocentos e quinze para novecentos e quinze e de agentes comunitários de saúde (ACSs) de oitocentos para mil e duzentos. O número de auditores da vigilância sanitária também cresceu, de oitenta e um para cento e trinta e um. A SES-DF utiliza tecnologias como o e-Visita DF Endemias para coletar informações sobre o Aedes aegypti e realiza mutirões para eliminar focos do mosquito.

A SES-DF mantém vigilância ativa contra a dengue, mas a colaboração da população é essencial para eliminar criadouros do mosquito. É fundamental evitar o acúmulo de água em recipientes, limpar regularmente caixas d'água e receber os agentes de saúde em casa. A união da comunidade pode ser decisiva para enfrentar essa ameaça e garantir a segurança de todos. Iniciativas que promovam a saúde e a prevenção são sempre bem-vindas e podem fazer a diferença na luta contra a dengue.

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