Relatório da OCDE revela que apenas 35% dos jovens brasileiros se sentem prontos para o mercado de trabalho, evidenciando a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para melhorar a inserção profissional.

O relatório “The State of Global Teenage Career Preparation”, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), revela que a inserção profissional da juventude é um desafio global, com particularidades acentuadas no Brasil. A pesquisa indica que 55% dos estudantes brasileiros que participaram do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) aspiram a profissões que exigem ensino superior, um número que chega a 72% no Brasil. No entanto, apenas 35% se sentem preparados para as exigências do mercado de trabalho, em contraste com a média de 58% na OCDE.
Outro dado alarmante é que apenas 28% dos jovens brasileiros têm acesso a estágios ou experiências de trabalho antes de concluir o ensino médio, enquanto a média entre os países participantes do Pisa é de 65%. Para os jovens de baixa renda, essa porcentagem cai para 15%, enquanto no grupo de alta renda chega a 45%, evidenciando uma discrepância ainda maior do que a média da OCDE. Essa falta de vivência prática e orientação profissional é um fator crítico que contribui para a frustração dos jovens.
As instituições de ensino, muitas vezes desconectadas das demandas do mercado, falham em desenvolver habilidades essenciais para o século XXI, como pensamento crítico e criatividade. O relatório da OCDE destaca que o aconselhamento vocacional é a medida mais eficaz para ajudar os jovens a se prepararem para suas ambições profissionais. Essa responsabilidade, no entanto, não deve recair apenas sobre os educadores, mas também requer colaboração entre escolas, empresas e organizações de intermediação laboral.
Para melhorar essa situação, é fundamental implementar políticas públicas que facilitem a transição entre a escola e o trabalho. Medidas como a desburocratização de programas de estágio e aprendizagem, além da criação de parcerias setoriais para alinhamento curricular, são essenciais. Exemplos de sucesso em outros países, como Reino Unido e Austrália, podem servir de modelo para o Brasil. A criação de plataformas digitais que conectem jovens a oportunidades de trabalho e mentoria também é uma estratégia promissora.
Além disso, iniciativas como o “Jovens Empreendedores Primeiros Passos”, do Sebrae, podem ajudar a desenvolver habilidades empreendedoras e apresentar o empreendedorismo como uma opção viável. O fortalecimento de centros de carreiras nas escolas e universidades é igualmente importante, pois pode servir como um elo entre estudantes e o mercado de trabalho, oferecendo orientação e preparação adequadas.
O relatório da OCDE é um chamado à ação. A empregabilidade dos jovens deve ser resultado de um investimento estratégico e coordenado. É crucial que a sociedade civil se una para fornecer as ferramentas e oportunidades necessárias, ajudando a construir um futuro profissional sólido para a juventude brasileira. Nessa luta, nossa união pode fazer a diferença, promovendo iniciativas que apoiem os jovens em sua jornada profissional.

Em 2024, as três melhores escolas do Enem no Ceará são particulares, com notas acima de 720, enquanto a primeira pública está em 12º lugar. Especialistas alertam sobre a influência socioeconômica nos resultados.

Instituto Federal de São Paulo (IFSP) abre 2.080 vagas em cursos técnicos gratuitos. Inscrições vão até 4 de maio de 2025, com provas em junho. O IFSP oferece oportunidades em 26 campi, priorizando ações afirmativas. Candidatos de escolas públicas e com renda familiar baixa têm vagas reservadas.

Gustavo Pierini, empresário argentino, fez uma doação de US$ 1 milhão à Escola Politécnica da USP, visando criar um fundo de endowment e promover a cultura de doações no Brasil. A iniciativa busca fortalecer a educação e tecnologia no país.

A UFRJ receberá um novo Centro Acadêmico com 80 salas e um Refeitório Universitário para 2.500 refeições, com investimento de R$ 60 milhões do Consórcio Bonus Klefer. As obras ainda não têm data para início.

O Ministério da Educação enfrenta sérios atrasos na aquisição de livros didáticos, com apenas 23 milhões de 59 milhões encomendados para o ensino fundamental e um orçamento insuficiente de R$ 2,04 bilhões.

Diversas plataformas brasileiras oferecem cursos gratuitos online, democratizando o acesso à educação de qualidade e permitindo que todos aprimorem suas habilidades em áreas como tecnologia e empreendedorismo. Essa iniciativa visa impulsionar o desenvolvimento profissional e facilitar a inserção no mercado de trabalho.