Estudo da Oxfam Brasil revela que o sistema tributário penaliza desproporcionalmente os mais pobres, especialmente mulheres negras, e propõe reformas para aumentar a progressividade dos impostos. A pesquisa destaca que o 0,15% mais rico concentra R$ 1,1 trilhão, enquanto os 10% mais pobres comprometem 32% da renda em tributos.
Um estudo da Oxfam Brasil revela que o sistema tributário do país penaliza desproporcionalmente os mais pobres, com um foco especial nas mulheres negras. O relatório, que será apresentado na Câmara dos Deputados, destaca que o 0,15% mais rico da população concentra R$ 1,1 trilhão em renda, mais do que a metade da população que ganha menos. Os dados mostram que os mais pobres pagam, proporcionalmente, três vezes mais impostos do que os que estão no topo da pirâmide econômica.
A pesquisa aponta que a carga tributária no Brasil é regressiva, afetando principalmente as mulheres negras, que lideram 65% dos lares mais pobres. Enquanto os 0,1% mais ricos destinam 10% de sua renda a tributos, os 10% mais pobres comprometem 32%. A Oxfam sugere reformas que aumentem a progressividade dos impostos, como a revisão de benefícios fiscais para os mais ricos e a regulamentação do imposto sobre grandes fortunas.
A estrutura do sistema tributário brasileiro, que depende fortemente de impostos sobre consumo, agrava a desigualdade. Em média, 70% da renda das pessoas mais pobres é destinada ao consumo de bens essenciais, levando a uma carga tributária indireta mais elevada. O estudo destaca que as famílias chefiadas por pessoas negras pagam, em média, 10,8% de sua renda em tributos indiretos, enquanto as chefiadas por pessoas brancas desembolsam cerca de 9,7%.
O relatório também revela que a concentração de renda é marcada por desigualdade racial. A parcela de super-ricos, que representa 0,15% da população, é composta em sua maioria por homens brancos. Em contraste, as mulheres negras enfrentam uma carga tributária desproporcional, perpetuando a exclusão social. A diretora executiva da Oxfam Brasil, Viviana Santiago, enfatiza que o sistema atual alimenta a reprodução das desigualdades.
O estudo é divulgado em um momento em que o governo busca avançar com um projeto de lei que isenta o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A proposta também cria uma alíquota mínima de 10% para rendas superiores a R$ 50 mil. A Oxfam aponta que a maioria dos beneficiados pela isenção são pessoas negras e mulheres, enquanto os atingidos pela nova alíquota mínima são predominantemente homens brancos.
Além de promover a isenção, a Oxfam defende a inclusão de marcadores raciais nas declarações do Imposto de Renda para embasar políticas públicas. Em um cenário de desigualdade tributária que tem cor e gênero, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a justiça social e a equidade. Projetos que busquem mitigar essas desigualdades devem ser estimulados, promovendo um futuro mais justo para todos.
A Justiça do Distrito Federal determinou o registro da maternidade e paternidade de um bebê, reconhecendo Pandora Rue como mãe e Kyan Eric como pai. A decisão, solicitada pela Defensoria Pública, reafirma direitos fundamentais e respeito à identidade de gênero.
O Ministério da Saúde credenciou 1.133 novas equipes de atenção primária, com investimento de R$ 106,47 milhões, beneficiando 735 municípios e ampliando o acesso à saúde no Brasil. A medida visa fortalecer o atendimento a populações vulneráveis e reduzir desigualdades.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) revisou o Plano de Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira (PDIFF) em Rondônia, promovendo oficinas para ouvir comunidades locais e alinhar propostas sustentáveis. As atividades visam atender as demandas específicas das regiões de fronteira, com foco em integração, inclusão produtiva e cooperação internacional.
A Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 do Guará promove o Grupo Bem-Estar, que oferece práticas de meditação e ioga às quintas-feiras, visando saúde integral e socialização. A iniciativa busca aliviar dores e ansiedade, fortalecendo vínculos comunitários.
Prêmio Maria Lúcia Pereira suspende seleção para analisar projetos, incluindo cartilha polêmica sobre drogas. O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), interrompeu a seleção pública do Prêmio Maria Lúcia Pereira, que visa reconhecer iniciativas inovadoras na política sobre drogas. A decisão foi motivada pela necessidade de avaliar os projetos submetidos, entre os quais se destaca uma cartilha que orienta jovens sobre como lidar com drogas durante abordagens policiais. A Senad esclareceu que não houve aprovação prévia dos trabalhos e reafirmou seu compromisso com a legalidade, afastando qualquer orientação que possa infringir as leis do país.
Arthur Casas desenvolve um projeto no Xingu para revitalizar a vila do Posto Indígena Leonardo Villas-Boas, criando um centro de memória que preservará a história dos povos locais. O pavilhão Oca Moitará, inspirado na ancestralidade, será apresentado na COP30.