EJA enfrenta crise histórica com perda de 198 mil alunos em 2024. MEC lança Pacto EJA para criar 3,3 milhões de novas matrículas e aumentar financiamento, mas desafios persistem.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) registrou uma perda de 198 mil alunos em 2024, alcançando o menor número de matrículas da sua história. Dados do Censo Escolar, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), revelam que quase metade da população com mais de 25 anos, equivalente a 65 milhões de pessoas, não completou o ensino médio. O Ministério da Educação (MEC) anunciou o Pacto EJA, uma nova política de fomento, mas ainda não conseguiu reverter a crise na modalidade.
No ano passado, o investimento na EJA foi de R$ 120 milhões, a primeira vez que esse valor ultrapassou R$ 100 milhões desde 2017. Apesar disso, o percentual de brasileiros sem educação básica completa é alarmante, atingindo 49,2%, enquanto a média entre países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de apenas 20,1%. O Brasil está atrás de nações como Colômbia, Argentina e Chile nesse aspecto.
A região Nordeste concentra o maior número de matrículas na EJA, com 1,2 milhão de alunos, embora tenha perdido 90 mil em relação a 2023. As regiões Sudeste, Norte, Sul e Centro-Oeste têm, respectivamente, 581 mil, 275 mil, 206 mil e 127 mil matriculados. A modalidade é mais procurada por pessoas acima de 40 anos, com destaque para mulheres e indivíduos de cor preta ou parda.
Desde 2017, a EJA enfrenta uma queda contínua nas matrículas, sendo que em 2021 o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro destinou apenas R$ 6 milhões para a modalidade, o menor valor do século 21. O MEC lançou o Pacto EJA em junho de 2024, com a meta de criar 3,3 milhões de novas matrículas e aumentar o financiamento para a educação de jovens e adultos.
O Pacto EJA também resgata programas anteriores, como o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), que visa alfabetizar pessoas com mais de 15 anos, e o Projovem, que oferece uma bolsa de R$ 100 para jovens de 18 a 29 anos que não concluíram o ensino fundamental. Além disso, o programa Pé-de-Meia foi ampliado para beneficiar estudantes de 19 a 24 anos com renda familiar baixa.
É fundamental que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que promovam a educação de jovens e adultos. Projetos que visam aumentar o acesso à educação e oferecer suporte a esses alunos podem fazer a diferença na vida de milhões de brasileiros. A união em torno dessa causa pode transformar a realidade da EJA e garantir um futuro melhor para todos.
A FM2S Educação e Consultoria, vinculada à Unicamp, oferece cursos online gratuitos com inscrições até 31 de maio, visando capacitar profissionais e estudantes com certificados reconhecidos. As aulas são gravadas e acessíveis por um ano.
IgesDF capacita profissionais sobre direitos sociais de pessoas com autismo. O curso, realizado no Hospital Regional de Santa Maria, aborda legislações e estratégias de atendimento, com novas turmas programadas para abril.
A Unimed Sorocaba inaugurou o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEPE) e uma nova unidade da Faculdade Unimed, ampliando a formação e pesquisa na saúde na região. A iniciativa visa aprimorar profissionais e impulsionar a pesquisa clínica.
A Kultivi disponibiliza mais de 80 cursos gratuitos de idiomas, como inglês, espanhol, alemão, francês e Libras, com flexibilidade e certificados de conclusão. Essa iniciativa visa democratizar o aprendizado de línguas.
A FM2S, startup vinculada à Unicamp, está com inscrições abertas para oito cursos gratuitos online até 30 de junho, abrangendo temas como ciência de dados e gestão de projetos, com certificação inclusa. Essas capacitações visam aprimorar o currículo e aumentar as chances de sucesso profissional.
Setenta por cento dos pais brasileiros desconhecem produtos financeiros para crianças, enquanto 72% não poupam para os filhos, segundo pesquisa do Serasa. A educação financeira infantil é crucial para um futuro mais saudável.